O ESPORTE DE ASSU E REGIÃO, OBRIGADO PELA VISITA

terça-feira, 21 de junho de 2011

Pisando na bola

O desabafo feito pelo presidente do Potiguar, Benjamim Machado, de que está só para resolver os problemas do clube é a prova fiel de que o futebol de Mossoró chegou ao fundo do poço. O mesmo acontece com o Baraúnas, que se limita a um nome: João Dehon da Rocha, seu presidente. Tão pior quanto a dupla Potiba encontra-se a Liga Desportiva Mossoroense (LDM), que sequer tem capacidade para manter em funcionamento o estádio Manoel Leonardo Nogueira. Mas por que o futebol parou no tempo, enquanto a cidade experimenta processo acelerado de desenvolvimento socioeconômico? Existem várias respostas para a pergunta, que, somadas, explicam a raiz do problema: a ausência de pessoas capacitadas para administrar o futebol como profissionalismo. Os nossos clubes e a LDM são conduzidos de forma amadora, sem qualquer base ou projeto. Potiguar e Baraúnas funcionam como times de bairros, que formam seus elencos para um campeonato e se desfazem logo em seguida. A única diferença é que as equipes de várzea não mantém vínculos trabalhistas com os jogadores. Fora isso, são exatamente iguais. Em alguns casos, tem time amador muito mais organizado do que Potiguar e Baraúnas. O pior é que não existe um sinalizador de que a coisa pode mudar, até porque os poucos dirigentes que ainda atuam procuram transferir responsabilidade, ao invés de assumi-las. Quase sempre, ou sempre, eles culpam o poder público ou a classe política pelo caos do nosso futebol, como se isso fosse verdade. Não é. O poder público tem de cuidar do esporte como ferramenta de inclusão social e a classe política deve fortalecer essa ação. Clube de futebol é privado e assim tem de ser conduzido. As parcerias com o público são tão importantes quanto com o privado, e isso não ocorre em Mossoró por completa inaptidão dos que dirigem Potiguar, Baraúnas e LDM. Pensar diferente é colaborar para a manutenção do futebol no fundo do poço.
Fonte: César Santos/Jornal de Fato

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