O ESPORTE DE ASSU E REGIÃO, OBRIGADO PELA VISITA

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Presidente José Vanildo fala sobre o momento de paralisação do futebol

FNF segue linha de prudência adotada pela CBF e acompanha cenário nacional 
José Vanildo - Foto: Iuri Seabra / FNF
O país do futebol faz diariamente a mesma pergunta: quando serão retomados os Campeonatos nacionais e estaduais e como vai ficar o calendário do futebol. A resposta é a mesma: ninguém sabe, ninguém pode prever quando o futebol será retomado na sua plenitude. É uma resposta que foge da alcance da Confederação Brasileira de Futebol ( CBF ) e de cada uma das 27 federações. E mais, foge do alcance de uma resposta imediata da Conmebol e da FIFA. Recentemente Walter Feldman, secretário-geral da CBF disse em  entrevista ao programa "A Última Hora" do canal Fox Sports, que “o futebol não deve retomar as suas atividades totais no mês de maio”. O dirigente afirmou que a entidade prefere um "retorno progressivo" dos eventos por causa do efeitos da pandemia do coronavírus.
Portões fechados
Feldman não descartou a retomada do futebol com portões fechados "Eu diria que o pico da doença no eixo Rio-São Paulo provavelmente se dará no mês de abril, primeira quinzena de maio. Nós temos já uma franca elaboração de um protocolo que permita que, quando a autoridade pública de saúde diga que pode ter a chamada mini aglomeração, é possível nós retomarmos progressivamente, mas claro que de maneira parcial", disse Feldman. "Eu acredito que a volta integral, que seria com as equipes treinando, já realizando seus jogos de portões abertos, me parece muito precoce dizer, mas muito improvável que isso aconteça. Eu acredito na retomada progressiva, e o presidente (da CBF) Rogério Caboclo tem insistido no seguinte: responsabilidade e segurança. Nós não vamos, em hipótese alguma, comprometer a saúde de nenhum elemento que faz parte do protagonismo do futebol", afirmou o secretário-geral. A CBF decidiu suspender a partir de 16 de março por prazo indeterminado as competições nacionais sob sua coordenação que estavam em andamento: Copa do Brasil, Campeonatos Brasileiros Femininos A1 e A2, Campeonato Brasileiro Sub-17 e Copa do Brasil Sub-20.
FNF segue a mesma linha
O presidente da Federação Norte-riograndense de Futebol ( FNF ), José Vanildo da Silva, vem acompanhando o cenário internacional, nacional e principalmente o cenário local e segue a linha de cautela adotada pela CBF, e em entrevista ao site oficial da Federação falou sobre o momento atual. “A pergunta que eu mais gostaria de responder de maneira afirmativa é essa, quando vamos poder voltar com o futebol. Temos tido videoconferências com a CBF, cm Walter Feldman, com o Manoel Flores ( Diretor de Competições ) e todos vivem a mesma expectativa, a do achatamento da cura do coronavírus e da autorização das autoridades da saúde para que o futebol possa retomar. Nenhuma federação, nenhum presidente vai chamar para si uma posição desta magnitude, o que seria um risco muito grande. Entendo perfeitamente o anseio do torcedor, da imprensa esportiva que sofre também os efeitos danosos da paralisação, dos clubes e seus dirigentes e profissionais, mas devemos colocar em primeiro plano a questão da saúde”. Presidente José Vanildo da Silva tem mantido também contatos quase que diários com dirigentes dos clubes que disputam o Estadual. “Os presidentes dos clubes podem responder melhor do que eu sobre as medidas que estão sendo adotadas pela federação neste momento. São oito clubes, com quatro que irão disputar o Campeonato Brasileiro da Série D ( ABC, América, Globo e Potiguar ) que já receberam de forma antecipada  o auxilio financeiro de 120 mil reais da CBF. Temos ABC na Copa do Nordeste em uma situação muito boa e o América na Copa do Brasil também em situação confortável. Mas também temos outros quatro clubes que disputam o Estadual e que buscam espaço no cenário nacional para 2021. A FNF pensa em todos, trabalha por todos de forma democrática, e cada dirigente tem a exata noção do papel que estamos desempenhando”, informou o dirigente.
Esperança
“Eu repito o que já disse, o que mais eu quero é responder com exatidão a pergunta que me fazem todos os dias, sobre o reinicio das atividades, mas precisamos de cautela, de fé, precisamos seguir as recomendações de isolamento social do Ministério da Saúde e mantermos a esperança em dias melhores. O futebol vai voltar, vai superar as dificuldades e vai voltar ainda mais forte.”
Fonte: Assessoria da FNF

Federação de Atletas acena a CBF com intervalo mínimo de 48h entre jogos para "manter empregos"

Foto: Divulgação CBF
Em meio a discussões de clubes e federações sobre encaixes do calendário 2020, a Federação Nacional dos Atletas de Futebol encaminhou sugestão à CBF para adequar o acúmulo de compromissos do ano em cenário de possível falta de datas na temporada com a pandemia do coronavírus. Pela manutenção de acordos e dos empregos do futebol brasileiro, Felipe Augusto Leite(Na foto ao lado presidente da CBF Rogério Caboclo) disse que a Fenapaf defenderia a redução do intervalo entre os jogos de 66h para 48h. A flexibilização desse intervalo entre as partidas se daria em comum acordo entre federações, a CBF e a Fenapaf, que foi quem homologou esta regra junto à entidade nacional do futebol em 2017. Desde então consta no Regulamento Geral de competições da CBF a vedação para clubes e atletas atuarem sem intervalo mínimo de 66h. Em alguns estados, como no Rio, a Ferj prevê intervalo mínimo de 60h.- Falei com o presidente Caboclo no início da paralisação. Também com o Rubinho (presidente da Ferj) – comentou o presidente da Fenapaf, contando que os dirigentes foram receptivos à ideia. – Rubinho achou espetacular. Ouviram (Caboclo e Rubinho) com agradecimento. Estão vendo que todos querem solucionar uma coisa tão grave. Nosso entendimento é de colaborar, encontrar saídas. Os atletas são sensíveis ao que está se passando – completou Felipe Augusto Leite. Ele disse que qualquer denúncia sobre infração de regulamentos – do intervalo mínimo entre partidas, previsto anteriormente para 66h - só sairia da Fenapaf. A sugestão é num momento de excepcionalidade extrema. Precisamos manter postos de trabalho. Não vou ser eu que vou fazer isso (denunciar a infração do regulamento de 66h). Estamos em caráter excepcionalíssimo. Não vamos botar clubes de dois em dois dias para jogar várias vezes. Um joga uma vez, outro joga e vai acomodando para não sobrecarregar ninguém – comentou o dirigente da federação de atletas.
Por Raphael Zarko — Rio de Janeiro