Geninho considera empate na Copa do Brasil como positivo (Foto: Jocaff Souza)
O
empate fora de casa com o Goianésia na estreia da Copa do Brasil
agradou ao técnico Geninho. Apesar de desaprovar o desempenho do ABC na
quarta-feira, reforçou as dificuldades encaradas pela delegação, que
precisou enfrentar uma viagem com mais de 15 horas até o interior de
Goiás e jogou em um campo menor do que está acostumado para conseguir o
empate por 1 a 1. Nós não fizemos uma boa partida. Acho que
nós tivemos uma dificuldade e algumas coisas devem ser levadas em conta,
como uma viagem de mais 15 horas, depois pegamos um campo com dimensão
menor com uma grama alta, bem diferente daquela que estamos acostumados a
jogar e isso para um time desgastado é terrível. O time jogou bem
abaixo do que pode, principalmente no primeiro tempo. Os jogadores
sentiram bastante e se você supera algumas dificuldades e ainda consegue
levar o resultado que pode ser considerado positivo, eu acho que você
pode ficar contente com o que foi feito - disse Geninho à Rádio Globo
Natal. Questionado sobre as deficiências registradas contra o
Goianésia, Geninho falou que o Alvinegro errou muitos passes e não
conseguiu produzir jogadas no ataque. O treinador enfatizou que o empate
só saiu após a insistência com as bolas aéreas. Nosso time
ficou fazendo ligação direta, estava difícil jogar, estávamos errando
passes. Pelo fato do campo ser menor, o encaixe do Goianésia era muito
grande. A gente sabe que é muito difícil jogar aqui. Esse time já
disputou duas vezes a final, é bem arrumado, tem o artilheiro do
campeonato, que é o Nonato, que ele fica meio escondido, mas quando você
menos espera ele aparece, por isso é o artilheiro do Goiano. Mas o
nosso time foi mal. Errou passe, quis sair jogando com a bola em um
campo ruim. Se existe um manual, a regra é que quando é ruim de
conduzir, pega a bola e quebra. Não conseguimos tocar e apostamos na
ligação direta, mas a bola não parava na frente. No segundo tempo,
melhoramos um pouco e a única bola parada que conseguimos, chegamos ao
gol. Mas, em cima das dificuldades, acho que o resultado foi positivo -
analisou. O
próximo duelo contra o Goianésia está marcado para o dia 20 de abril,
em Natal. Até lá, o Mais Querido volta as atenções para a disputa do
Campeonato Potiguar, onde luta para conquistar o título do segundo
turno.O próximo desafio será contra o América-RN, neste domingo, no
Estádio Frasqueirão. Acho que você precisa encarar cada
competição em seu momento. Só teremos a Copa do Brasil daqui a quase 30
dias e a vantagem sobre o Goianésia é pequena. Eu jogo por um 0 a 0, eu
jogo por uma bola, mas se o Goianésia for lá e vencer por 1 a 0, eles
levam. Mas, nesse momento, nós vamos focar no regional, porque o ABC
perdeu no primeiro turno e nos obriga a vencer o segundo - completou.
Realidade x Planejamento
A
direção do ABC bem que tentou reforçar o elenco para a reta final do
Campeonato Potiguar, mas só conseguiu fechar com o atacante Victor Sapo,
que marcou nove gols pelo Nacional-SP no Campeonato Paulista da Série
A3. Geninho esperava ter mais peças, mas entende o momento financeiro do
clube. O treinador crê que os bons resultados em campo, mesmo sem as
contratações, podem ajudar a aliviar a situação. O time precisa, mas nós temos que ver a realidade. O ABC vem em uma
realidade financeira muito difícil, é um time que está tentando honrar
os seus compromissos, mas é um time que está trabalhando com um
orçamento muito baixo e isso dificulta muito em qualificar o time,
porque você trabalha com uma faixa muito baixa. Existe a consciência de
todo mundo, da diretoria, do torcedor e de quem vem nos acompanhando, de
que nós precisaríamos dar uma reforçada já para o regional. Não
conseguimos porque as inscrições acabam na sexta-feira e se não
contratou até hoje (quarta-feira), não consegue mais registrar. Mas,
para a Série C, se o clube almeja voltar, que esse é o objetivo, tem que
realmente dar uma qualificada. Tudo passa pela condição de investimento
do time. Nós vamos devagar, tentando com os resultados ajudar a
diretoria para que o torcedor volte, para que consiga patrocínio. Então,
nós temos que dentro de campo ajudar a diretoria para que ela consiga,
em termos financeiros, trabalhar com mais folga do que ela tem hoje -
finalizou.
Por GloboEsporte.comNatal