Salada de profissões
Cantor, comerciante, universitário, vigilante e até fazendeiro. Na equipe potiguar, não há atletas profissionais. No entanto, nem por isso os jogadores deixam de se doar ao máximo dentro de quadra. Mas até fazer um gol é complicado, contra equipes maiores. Contra o Crateús, 6 a 1. No segundo jogo, o Joinville aplicou 16 a 0. Contra o Minas, o goleiro Vinícius fechou a meta e só levou um gol, dando a impressão de que o Mossoró poderia ressurgir das cinzas. Mas na segunda etapa, o placar pulou para 13 a 2. No último duelo, contra o Goiás, 4 a 3 para os esmeraldinos. Falta perna. O jogo começa parelho, com todos empolgados, se doando ao máximo, mas aí falta perna. Os gols do adversário começam a sair e isso desmotiva a gente. Desmotivaria qualquer jogador.
Equipe do Mossoró é uma miscelânea de profissões.
Ninguém é jogador profissional (Foto: Divulgação/CBFS)
A
comparação com o Taiti chega a ser inevitável. Os próprios jogadores
admitem que há semelhantes entre os resultados, a vida e o comportamento
dos atletas que disputaram a Copa das Confederações e os que competem
na Taça Brasil de futsal. Parecem com a gente, sim. Os caras lá
viviam trabalhando e quanto tinham tempo, iam treinar. Levavam
goleadas, e mesmo assim eram uma simpatia só - pontuou Vinícius.Recordações
No fim, as fotos eternizarão lembranças do certame nacional para os jovens garotos de Mossoró. Derrotas fazem parte da vida de qualquer atleta, seja ele campeão do mundo ou da quarta divisão estadual. A gente está aqui para mostrar o que sabe. Não tem motivo para faltar com humildade, ou bater nos caras porque eles fazem muitos gols na gente. É o trabalho deles. A gente tem é que jogar bem - concluiu. Com as quatro derrotas em quatro jogos, a equipe de Mossoró ficou em último no seu grupo e acabou rebaixando o estado do Rio Grande do Norte para a 1ª Divisão da Taça Brasil de futsal em 2015.
Por Juscelino FilhoDireto de Crateús, CE*
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