Passados 1.401 dias desde
que Natal foi anunciada pela Fifa como uma das cidades-sede da Copa do
Mundo de 2014, a primeira ordem de serviço para uma obra urbana com
vistas ao Mundial foi assinada ontem pelo prefeito Carlos Eduardo. A
intervenção, porém, não diz respeito aos túneis, viadutos ou adequações
de vias públicas para dar mais fluidez ao tráfego. As obras, que deverão
começar em uma semana, dizem respeito ao túnel de macrodrenagem de
águas pluviais.
Obras de mobilidade devem começar em junho
Durante a assinatura da ordem de serviço do túnel de drenagem, o prefeito Carlos Eduardo anunciou que mais duas serão expedidas ainda no primeiro semestre deste ano. São as relacionadas às obras de mobilidade urbana em si, no entorno do viaduto da Urbana, na zona Oeste, e nas cercanias do Estádio Arena das Dunas. Estão previstos investimentos da ordem de R$ 700 milhões em obras estruturantes e nas intervenções de mobilidade urbana. Somente nas proximidades do complexo esportivo serão construídos quatro túneis e dois viadutos. Na primeira semana de junho esta obra que representa o primeiro lote da mobilidade que tem o valor de R$ 136 milhões, que pode ser reduzido porque vai tirar muitas desapropriações e reduzir extensão, vai começar e entregar em maio do ano que vem. No caso do segundo lote que é uma melhoria na infraestrutura no entorno do Arena no valor de R$ 106 milhões, e representa túnel na Mor-Gouveia com a Prudente (de Morais); na Raimundo Chaves com a Prudente (de Morais); um viaduto na Prudente com a Lima e Silva e um viaduto na Lima e Silva com a Romualdo Galvão terão as ordens de serviços assinadas, garantiu. O prefeito anunciou, também, outras obras independentes das que remetem ao Mundial de 2014. Será licitada, ainda este ano, a Urbanização Integrada do Planalto, na zona Oeste de Natal, e do bairro Lagoa Azul, na zona Norte. No primeiro, está previsto o desembolso de R$ 196 milhões para a construção de escolas, creches, postos de saúde, quadras esportivas, saneamento básico e casas populares. Os mesmos empreendimentos deverão ser erguidos na zona Norte, cujo valor investido deverá chegar a casa dos R$ 200 milhões. Com os projetos aprovados pelo Governo Federal, parte da monta já está assegurada. Natal deverá receber investimentos da ordem de R$ 1,2 bilhão até o início do ano que vem, destacou o prefeito Carlos Eduardo. Ele asseverou que Natal não irá perder investimentos em infraestrutura e mobilidade urbana. O legado da copa será positivo. Uma ou outra obra estará sendo executada durante a Copa, mas nos interessa isso, interessa que a cidade ganhe depois da Copa. A cidade tem que ficar com a herança bendita da Copa.
Financiamento não sairá de graça para a Prefeitura
O financiamento de quase R$ 300 milhões para as obras de mobilidade urbana em Natal, através de repasses do Governo Federal, não sairão de graça para a Prefeitura. É um empréstimo. É uma operação de crédito que terá que ser paga um dia, explicou o coordenador da Copa do Mundo pela Prefeitura, Alexandre Duarte. Os recursos, garantidos ainda em 2009 através do PAC, serão extraídos da conta do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), gerida pela União, e deverão ser repostos pelas capitais brasileiras que sediarão os jogos do Mundial. Há, entretanto, um prazo de carência para que isto ocorra e os governantes preferem não comentar o tema, ressaltando o lado positivo das obras. Existe viabilidade de pagamento. Senão, não estaríamos fazendo, disse o prefeito Carlos Eduardo, após a expedição da ordem de serviço para as obras do túnel de macrodrenagem do estádio Arena das Dunas. Ele não detalhou de que forma o Município irá arcar com o pagamento do empréstimo ao FGTS, nem a partir de quando isto será feito. A prefeitura deverá, nos próximos meses, oficializar uma tomada de empréstimo junto ao BNDES para viabilizar o pagamento das contrapartidas das obras. Após três anos, desde o anúncio de Natal como uma cidade-sede da Copa de 2014, a primeira obra urbana com vistas ao Mundial teve a ordem de serviço expedida pelo prefeito Carlos Eduardo.
Alex Régis
O projeto contemplará, em sua primeira fase, a urbanização
de duas lagoas de captação na área do Centro Administrativo
A
estrutura, chamada de Túnel Arena das Dunas, terá diâmetro de até
três metros e carreará a água da chuva do entorno do futuro estádio, em
Lagoa Nova, percorrendo um caminho de 4,5 quilômetros, e desembocando no
rio Potengi, na altura do KM-6, na zona Oeste da capital. O Arena das
Dunas iria ser um grande lagoão se essa obra não fosse feita, enfatizou
o prefeito. O conjunto da primeira etapa das intervenções custará R$
126 milhões, que serão custeados pelo Orçamento Geral da União (OGU),
sem contrapartida municipal. Finalmente, antes tarde do que
nunca, a nossa cidade dá início às obras que, depois de mais de dois
anos de atraso, a gente consegue mudar essa história, disse o prefeito
diante de secretários, vereadores, do superintendente da Caixa Econômica
Federal no estado, Roberto Linhares, que liberará os recursos, e dos
representantes da Construtora Queiroz Galvão, responsável pela obra.
Carlos Eduardo destacou o empenho dos servidores, secretários e técnicos
da Prefeitura que se empenharam em virar o jogo e viabilizar a
execução das intervenções. O prefeito destacou que a assinatura
da ordem de serviço para esta que será, de fato, a primeira obra
estruturante viabilizada em decorrência da realização dos jogos do
Mundial em Natal, lhe proporcionou um sentimento diferente dos demais
documentos por ele assinados. Cada movimento da caneta era como se eu
estivesse me desfazendo de um peso grande, relatou enfatizando que a
população de Natal estava cansada de esperar pelas obras estruturantes
anunciadas desde 2009. Para o titular da Secretaria Municipal de
Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), Rogério Mariz, a obra é
importante em decorrência da abrangência da área que será drenada. Ao
todo, o projeto contemplará, em sua primeira fase, a urbanização de duas
lagoas de captação na área do Centro Administrativo, do reservatório de
captação de São Conrado, na zona Oeste, e ainda a construção de uma
lagoa de amortização, que servirá para tratar a água captada de forma
primária para depois efetuar o deságue no rio Potengi. A previsão é de
que o sistema de drenagem fique pronto em maio de 2014, um mês antes da
Copa do Mundo. A segunda etapa da obra, cujos recursos
necessários são da ordem de R$ 75 milhões, estão em fase de pleito junto
ao Ministério da Integração Nacional, em Brasília. Neste fase, serão
contemplados os sistemas de drenagem das Lagoas do Preá e dos
Potiguares. De acordo com Rogério Mariz, uma parceria com a Companhia de
Águas e Esgotos do RN (Caern), deverá garantir a fiscalização dos
reservatórios de água pluvial para que não ocorram ligações clandestinas
e a contaminação da água a ser despejada no estuário do Potengi. Obras de mobilidade devem começar em junho
Durante a assinatura da ordem de serviço do túnel de drenagem, o prefeito Carlos Eduardo anunciou que mais duas serão expedidas ainda no primeiro semestre deste ano. São as relacionadas às obras de mobilidade urbana em si, no entorno do viaduto da Urbana, na zona Oeste, e nas cercanias do Estádio Arena das Dunas. Estão previstos investimentos da ordem de R$ 700 milhões em obras estruturantes e nas intervenções de mobilidade urbana. Somente nas proximidades do complexo esportivo serão construídos quatro túneis e dois viadutos. Na primeira semana de junho esta obra que representa o primeiro lote da mobilidade que tem o valor de R$ 136 milhões, que pode ser reduzido porque vai tirar muitas desapropriações e reduzir extensão, vai começar e entregar em maio do ano que vem. No caso do segundo lote que é uma melhoria na infraestrutura no entorno do Arena no valor de R$ 106 milhões, e representa túnel na Mor-Gouveia com a Prudente (de Morais); na Raimundo Chaves com a Prudente (de Morais); um viaduto na Prudente com a Lima e Silva e um viaduto na Lima e Silva com a Romualdo Galvão terão as ordens de serviços assinadas, garantiu. O prefeito anunciou, também, outras obras independentes das que remetem ao Mundial de 2014. Será licitada, ainda este ano, a Urbanização Integrada do Planalto, na zona Oeste de Natal, e do bairro Lagoa Azul, na zona Norte. No primeiro, está previsto o desembolso de R$ 196 milhões para a construção de escolas, creches, postos de saúde, quadras esportivas, saneamento básico e casas populares. Os mesmos empreendimentos deverão ser erguidos na zona Norte, cujo valor investido deverá chegar a casa dos R$ 200 milhões. Com os projetos aprovados pelo Governo Federal, parte da monta já está assegurada. Natal deverá receber investimentos da ordem de R$ 1,2 bilhão até o início do ano que vem, destacou o prefeito Carlos Eduardo. Ele asseverou que Natal não irá perder investimentos em infraestrutura e mobilidade urbana. O legado da copa será positivo. Uma ou outra obra estará sendo executada durante a Copa, mas nos interessa isso, interessa que a cidade ganhe depois da Copa. A cidade tem que ficar com a herança bendita da Copa.
Financiamento não sairá de graça para a Prefeitura
O financiamento de quase R$ 300 milhões para as obras de mobilidade urbana em Natal, através de repasses do Governo Federal, não sairão de graça para a Prefeitura. É um empréstimo. É uma operação de crédito que terá que ser paga um dia, explicou o coordenador da Copa do Mundo pela Prefeitura, Alexandre Duarte. Os recursos, garantidos ainda em 2009 através do PAC, serão extraídos da conta do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), gerida pela União, e deverão ser repostos pelas capitais brasileiras que sediarão os jogos do Mundial. Há, entretanto, um prazo de carência para que isto ocorra e os governantes preferem não comentar o tema, ressaltando o lado positivo das obras. Existe viabilidade de pagamento. Senão, não estaríamos fazendo, disse o prefeito Carlos Eduardo, após a expedição da ordem de serviço para as obras do túnel de macrodrenagem do estádio Arena das Dunas. Ele não detalhou de que forma o Município irá arcar com o pagamento do empréstimo ao FGTS, nem a partir de quando isto será feito. A prefeitura deverá, nos próximos meses, oficializar uma tomada de empréstimo junto ao BNDES para viabilizar o pagamento das contrapartidas das obras. Após três anos, desde o anúncio de Natal como uma cidade-sede da Copa de 2014, a primeira obra urbana com vistas ao Mundial teve a ordem de serviço expedida pelo prefeito Carlos Eduardo.
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