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sexta-feira, 22 de abril de 2011

América: a volta ao difícil recomeço

Não durou mais que oito partidas oficiais a saga do treinador Flávio Lopes no comando do América. A decisão de demitir o técnico foi pessoal do presidente Clóvis Emídio(Foto), que se disse desestimulado por conta do que viu na cidade de Caicó, onde um elenco de R$ 300 mil foi batido por um grupo que está se esfacelando e tem uma folha apenas de R$ 20 mil. O dirigente classificou a atuação americana como “papelão” e reconheceu ter errado mais uma vez quando escolheu Lopes para comandar os destinos da equipe no Estadual. Agora seis pontos atrás do ABC, que ruma para conquistar o título do segundo turno, nem a diretoria acredita mais em recuperação e promete realizar uma verdadeira faxina no futebol alvirrubro.
A demissão de Flávio Lopes foi apenas o início daquilo que para o dirigente precisa ser feito para o América voltar a ser um clube vencedor.  “As mudanças vão continuar. Jogador que não consegue vestir a camisa do América com altivez não serve para a gente”, afirmou. Obcecado para achar o caminho correto, o presidente promete cortar a própria carne. “Muito provavelmente ocorrerão mudanças  na composição da direção. Projeto que  não dá certo a gente muda”, ressaltou.

Fazendo questão de pedir desculpas aos torcedores pela vergonha que o clube fez eles passarem com a atuação em Caicó, o dirigente foi ácido nas críticas a Flávio Lopes. “Houve algumas decisões erradas como a contratação de Flávio Lopes, onde eu admito que cometi um erro gravíssimo. Antes de se preocupar em montar sua equipe para jogar ele vivia reclamando da direção. Logo nos primeiros dias senti que havia cometido um grande erro com a escolha, mas tivemos de tocar o trabalho”, disse Clóvis Emídio.
O longo tempo de “hibernação” antes de iniciar a disputa da série C, competição cujo início para o clube potiguar está previsto para o dia 23 de julho, o presidente espera aproveitar para rediscutir o América, para que a disputa da competição nacional não volte a se transformar em mais um motivo de frustração para os torcedores alvirrubros. “Quando você não tem a retaguarda forte e não tem recursos fica difícil planejar alguma coisas. Enquanto o clube não enxergar a necessidade de uma reforma total do ponto de vista da captação e arrecadação de recursos vamos sempre conviver com isso”, frisou.
Com mandato até o final da temporada, o dirigente classifica o trabalho de reagrupamento das forças políticas americanas como maior sua tarefa a partir de agora. Ele não descarta nada para ver a situação do clube melhorar, desde que a decisão seja tomada em consenso e parta de dentro do próprio clube. Até a hipótese de terceirização do departamento de futebol não está descartada, porém ele disse desejar que o número de integrante do grupo de apoio ao futebol conte com todos que gostam do América e que assim como toda cúpula diretiva estão magoados com a atual situação. “Na verdade eu não diria G4, tem que se pensar em G200. O clube não pode repensar neste pessoal, como eu não fui capaz de convergir todo esse pessoal para a união de todos e para redirecionar as coisas tem que juntar mais gente para dividir.
A solução que for tomada para o melhor do América tem que ser acatada. Eu não imagino que a solução seja transferir a autonomia do futebol para um grupo de 4 ou de 20 a não ser que seja para um projeto longo. Mas se o conselho achar que a solução seja entregar o futebol para um grupo de três, de quatro ou de cinco tem que fazer”, afirmou.
Fonte: Tribuna do Norte

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