Equipe do RN vai para o Mundial

Uma equipe de 30 atletas do Rio Grande do Norte, comandada pelo professor André Calixta, foi convocada para o Campeonato Mundial de Karatê Wuko, que ocorrerá no mês de Outubro, na África do Sul.   Trabalhando com projetos sociais desde 1995, André ficou orgulhoso com a participação da equipe no torneio mundial. "Estou muito feliz porque nesse mês eu completei 18 anos como voluntário", comemorou. Atualmente, entre projetos particulares e sociais, ele dá aula a cerca de 2.500 atletas. Os atletas convocados são para as categorias Juniores, Adulto e Máster, todos acima de 18 anos.

Divulgação 

Os atletas doprofessor André Calixto vão viajar para a África do Sul,

representando o Brasil na disputa do mundial de karatê wuko

A ida da equipe potiguar para o mundial da categoria não vem em vão. No ano passado, a equipe do RN foi campeã no torneio Norte-Nordeste de Karatê e terminou em primeiro lugar geral no Campeonato Brasileiro. Além disso, os atletas tiveram bons desempenhos nos Campeonatos Estaduais. O treinador cita o esforço dos atletas - em sua maioria carentes - para treinarem e manter a dedicação no esporte, apesar das dificuldades. "Eu tenho aluno que vem de Parnamirim até o ginásio [em Capim Macio] para treinar a pé", contou.  Com André Calixta, alunos de Ceará-Mirim, Extremoz, Macaíba e Monte Alegre também comparecem aos treinamentos. Os projetos sociais liderados por André renderam a ele um lugar para treinar: o ginásio onde ocorre as aulas foi doado e ficará durante 10 anos sob responsabilidade do professor. "O senhor Werner [Werner Jost] viu uma matéria sobre o projeto e entrou em contato para doar o ginásio para os treinos, em 2009", disse. "É o centro de artes marciais do Brasil. O ginásio reúne 15 modalidades diferentes", destacou. Além de contar com a colaboração no ginásio, os atletas conseguirão bancar hospedagem e passagens no mundial através de parcerias realizadas por André Calixta com faculdades e academias, além de alimentação para os dias de treino. Ele diz, que, apesar dos resultados conquistados, os projetos visam além apenas do esporte: formar um cidadão. "A nossa intenção é formar o cidadão, não o atleta. Trabalhar com essas crianças, dar essa condição, não tem preço", ressaltou. Além disso, o karateca destacou o apoio dado pela tia na confecção dos quimonos. Minha família me ajuda muito no projeto. Minha tia Ana Luzélia abriu uma fábrica só para fornecer os quimonos para os garotos. O dinheiro é arrecadado através de parcerias e ela trabalha na confecção", explicou.
Fonte: Tribuna do Norte