kalenda maia
A
Arena das Dunas apresentou problemas na cobertura que não suportou
uma
forte chuva, molhando boa parte dos torcedores
e da imprensa no clássico
de domingo
Segundo a Fifa, um estádio moderno para estar apto a
servir como sede de um jogo de Copa do Mundo, deve “ter cobertura sobre
todos os espectadores, sendo isso particularmente desejável em cidades
que apresentem climas úmidos e frios. Nas partes do mundo em que a luz
do sol é relativamente constante, a cobertura deve proporcionar sombra
para os espectadores, pelo menos, num certo período do jogo”. Responsável
pela licitação da cobertura da Arena das Dunas, Demétrio Torres
reforçou que a “cobertura do estádio está de acordo com aquilo que foi
licitado”. Ele ressaltou que o projeto de cobertura não sofreu
modificação e tudo está de acordo com o projeto aprovado pelos técnicos
da Fifa. Em relação ao projeto concebido inicialmente, por medida de
economia, foi retirado apenas o segundo módulo de cobertura das partes
norte e sul da Arena das Dunas, as que ficam situadas atrás dos gols.
Mas esse primeiro projeto teve a licitação deserta, não despertou
interesse das construtoras por ser muito considerado caro. Daí surgiu a
necessidade de realizar algumas adequações na cobertura. “Não podemos
levar em conta um projeto que teve a licitação deserta e não foi
adiante”, reforçou o responsável pela Secopa. O consórcio Arena
das Dunas corroborou a informação passada pelo secretário Demétrio
Torres, ressaltando que essa foi a primeira vez que um jogo foi
realizado na arena com chuva e vento muito fortes e que atingiu o setor
oeste do estádio. Questionado sobre o problema registrado no setor de
imprensa, o gerente de marketing do consórcio controlador da nova praça
esportiva, Arthur Couto, ressaltou que vai solicitar uma reunião com o
presidente da Associação dos Cronistas Esportivos (ACERN) para tratar da
questão e verificar o que pode ser melhorado para amenizar problemas
futuros. Para
o narrador da Rádio Globo Natal, Marcos Lopes, em se tratando de um
estádio de primeiro mundo, ele nunca imaginou ter a transmissão
prejudicada por causa de uma chuva. “Para mim a Arena das Dunas diante
do problema ficou do tamanho do Barrettão e do Ninho do Periquito. Não
se justifica gastar tanto na construção de uma praça esportiva (R$ 400
milhões) e a mesma não ofereça condições de proteger público e imprensa
contra a chuva”, reclamou. O trabalho da imprensa foi bastante
prejudicado pela falta uma proteção efetiva. Cinegrafistas tiveram que
recolher as câmeras às pressas, profissionais de jornais impressos,
portais e blogs recolheram os computadores e os narradores,
comentaristas das rádios passaram a trabalhar em pé e com os
equipamentos eletrônicos cobertos por panos. Os repórteres e fotógrafos
que trabalhavam na beira do campo procuraram abrigo embaixo das escadas
que dão acesso às arquibancadas do estádio. E os que portavam
guada-chuvas receberam a recomendação de não usá-los. Para tentar
amenizar a situação dos torcedores do América, a administração da Arena
das Dunas liberou o acesso para o anel superior, onde a proteção é
maior. Além das questões relativas as arquibancadas, não houve
mais qualquer registro de alagamento, mesmo frente ao forte temporal. “A
drenagem do estádio mostrou ser bem eficiente e mesmo enfrentando forte
temporal, as condições do campo se mostraram boas para prática do
futebol. Na tentativa de minimizar o problema dos torcedores
posicionados no setor leste, abrimos o anel superior para eles subirem e
se abrigarem da chuva”, disse Arthur Couto. A Fifa não recomenda
estádios totalmente cobertos, mesmo aqueles equipados com tetos
retráteis. Segundo a entidade, “o desafio” deste tipo de teto é manter a
grama do campo em condição aceitável. No portal do Governo
Federal sobre a Copa a descrição sobre a cobertura cita que o design
permite maior ventilação e entrada de luz no equipamento. A maior
ventilação teria permitido também a dissipação da chuva. Outra função da
cobertura da Arena das Dunas é a captação de água da chuva. Com calhas
que coletam a água e a levam para nove reservatórios abaixo da
arquibancada inferior, um volume de até três mil m³ pode ser reutilizado
nos sanitários e na irrigação do gramado.Fonte: Tribuna do Norte
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