A
psicóloga Márcia Toscano, do Hospital Universitário Onofre Lopes
(HUOL) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), acredita
que os motivos para jogadores - e profissionais de outras áreas, como
reitera - entrarem no mundo das drogas são diversos. Para ela, a
variedade de casos torna uma explicação mais ampla sobre o assunto algo
bem subjetivo. "A incerteza do futuro pode ser um fator. Com certa
idade, alguns jogadores já têm de pensar no que farão quando encerrarem a
carreira. É uma fase crítica em que já tem de se pensar em outra coisa
pra se fazer no futuro, como ser treinador, por exemplo. É algo bem
subjetivo e nós não sabemos exatamente o que se passa com cada um",
explica. A psicóloga explica que muitas vezes a falta de uma
estrutura emocional pode levar às pessoas a procurarem as drogas, mas
reitera que cada caso é um caso e devem ser tratados de maneiras
diferentes. "O que pode levar ao mundo das drogas é a incerteza do
futuro, a inconstância, a falta de perspectiva, a instabilidade
emocional", diz. Márcia Toscano reitera que isso pode acontecer
com profissionais de qualquer área. Para a psicóloga, as motivações
para essas pessoas buscarem o uso das drogas são variadas. "A gente
geralmente não sabe o que se passa. O fim de um relacionamento com a
esposa pode levar a isso, por exemplo", diz. A psicóloga explica
que muitas vezes os casos ocorrem em função das pessoas guardarem os
problemas apenas pra si. "As pessoas têm de sair dessa coisa egocêntrica
de tentarem resolver tudo sozinhas. Quando não estão satisfeitos,
quando não encontram o algo mais que desejam, devem pedir ajuda aos
amigos, às pessoas próximas, antes que o problema os atinja", diz.
Fonte: Tribuna do Norte
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