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domingo, 10 de junho de 2012

Justiça mantém a paralisação

Rio (AE) - A cada dia que passa parece mais complicado o imbróglio que impede o início do Campeonato Brasileiro das Séries C e D. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) teve pedido negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STF) para cassar a liminar que favorece o Brasil, de Pelotas (RS), que exige ser incluído na Série C. O clube gaúcho segue com o direito de estar na terceira divisão nacional nesta temporada.
Rodrigo SenaWassil Mendes aproveita a paralisação para treinar o Baraúnas 
Wassil Mendes aproveita a paralisação para treinar o Baraúnas
A ação da CBF tinha como objetivo tirar o Brasil, de Pelotas, da competição. Fazendo isso, e automaticamente recolocando o Santo André em seu lugar, poderia agilizar o início da Série C, antes marcado para o dia 27 de maio. Toda a confusão envolvendo o Brasil, que entrou na Justiça Comum no ano passado, se dá por uma escalação irregular do lateral-direito Cláudio. Ele teria que cumprir suspensão do ano anterior, quando atuava pelo Ituiutaba - atualmente Boa, de Varginha (MG). Com a perda de seis pontos, acabou caindo para a lanterna de sua chave e rebaixado para a Série D. No início da semana, 17 clubes da Série C se reuniram na CBF. No encontro, que acabou não definindo nada, foi colocada até a possibilidade das Séries A e B também serem suspensas. E na próxima semana a CBF deve sofrer carga também dos clubes da Série D, que querem o início da competição para evitar prejuízos técnicos e financeiros porque estão com seus times preparados para a disputa, que deveria ter começado no mês passado. A situação complica para todos os times participantes desses eventos, inclusive para o Baraúnas, que já tem uma folha salarial para vencer em quatro dias. A situação preocupa porque os clubes participantes das Séries C e D não podem se planejar, já que não tem previsão do início da competição, nem sequer se as competições realmente acontecerão, como já se especula nos bastidores. O diretor financeiro do Baraúnas, Sandro Silva, admite que a situação do clube é complicada. A folha salarial do Leão do Oeste se vence em quatro dias e a diretoria está se articulando de forma acelerada para cumprir o compromisso, mas ainda não existe uma definição. "Estamos contando com a articulação de Josirene (diretora do clube), para que a Prefeitura adiante as duas parcelas. O adiamento de uma já foi prometido e está praticamente garantido", disse Sandro Silva, relatando sobre o patrocínio da Prefeitura Municipal de Mossoró, que será dividida em duas parcelas de 20 mil reais. O restante do dinheiro para completar a primeira folha salarial deve vir de alguns abnegados que estão apoiando o clube, mesmo sem a previsão do início da competição. "Se tiver uma definição, a situação melhora. Duas empresas já estão dispostas a patrocinar o clube", declarou Sandro.
CONFUSÃO
Vários clubes já estabeleceram um prazo máximo para liberar o plantel de jogadores, caso a CBF não defina a data de início das competições. O Baraúnas não estabeleceu uma data fixa, mas admite que, se não houver uma definição em uma semana, a situação do Leão do Oeste também se complica. Esse é justamente o prazo que os clubes da Série C devem novamente se reunir. Santa Cruz e Fortaleza já levantaram a bandeira de solicitar, judicialmente, uma indenização da Confederação Brasileira de Futebol, que economiza 30 milhões de reais com a não realização dos pleitos nacionais. O intuito dos dois clubes é ratear o dinheiro economizado pela CBF, para ratear entre os times. "O Baraúnas já cogitou entrar judicialmente contra a CBF também, mas não avançamos muito nessa questão", salientou o diretor financeiro.
Ações
O advogado Carlos Frederico Braga Curi, credenciado pelos clubes que integram os Grupos A7 e A8, já definiu as ações que serão protocoladas na próxima segunda na CBF e no STJD, reivindicando o início imediato da Série D do Campeonato Brasileiro. De acordo com a estratégia definida pelo representante dos clubes, serão apresentadas três ações. Uma moção de repúdio à situação; um pedido ao STJD que reconsidere decisão de suspender as competições e um pedido ao procurador do STJD, Paulo Schimit, para que use o rigor da lei para punir os clubes que entraram na Justiça Comum para tentar garantir eventuais direitos. Os clubes - como Brasil-RS, Araguaína-TO e Treze-PB - poderiam ser suspensos das atividades mantidas pela CBF.
Fonte: Tribuna do Norte

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