Junior Santos
Rodrigo Pimpão esteve próximo de levar um calote fora do País
No
final da série A daquele ano, conseguiu ter uma sequência de jogos, se
destacando e chamando a atenção do Vasco da Gama, para a disputa da
temporada 2009, por indicação do técnico Dorival Júnior. “O Dorival é um
grande treinador, que sabe ganhar o grupo, tem dedicação e conversa com
os jogadores. Um dos melhores que já trabalhei”, recorda. Começou
bem, se destacou no Vasco, jogando 28 partidas seguidas, até se
contundir logo no começo da série B de 2009, ficando o restante da
temporada longe da equipe titular. “Tudo que ficou combinado, eles me
pagaram, sem ficar devendo nada. Disso não posso reclamar”, revela. Na
passagem pelo Vasco, que iniciava a era Roberto Dinamite como
presidente, a figura do ex-presidente vascaíno, Eurico Miranda, ainda
era muito presente. “Sempre que Eurico chegava no Vasco, tinha uns oito
seguranças com ele, sempre fumando o charuto”, recorda. Sem
espaço na equipe carioca, começou a sua peregrinação por outros clubes.
De 2010 até agora, já foram oito clubes, em três países diferentes e
muitas histórias para contar. Depois de um breve retorno ao Paraná,
seguiu para o Japão, na tentativa de conseguir uma instabilidade
profissional e financeira, que ainda não tinha alcançado no Brasil. Em
uma temporada na terra do Sol Nascente, defendeu o Cerezo Osaka e o
Oiyma Ardija. Somando os dois clubes, fez 48 jogos e marcou 23 gols. E
foi treinado por Levir Culpi, atualmente técnico do Atlético/MG. Mas, o
que marcou mesmo o atleta, foi o desastre do tsunami que assolou o Japão
em 2011. “Nunca tinha vivido uma situação como aquela. E olhe
que a cidade que eu morava, Osaka, era distante do centro do tsunami,
uns 800 quilômetros e, mesmo assim, a terra tremeu por uns 20 segundos.
Foi tenso, todo mundo preocupado. Quando o susto passou, as pessoas das
outras cidades mais atingidas acabaram indo para Osaka. Aí, começou a
faltar as coisas, água para beber. Tive que tomar água da torneira. Foi
complicado”, relembra. Mesmo com as dificuldades passadas, Pimpão
é só elogios ao Japão. “É o melhor lugar que tem para se viver. Passei
um ano lá e deu para aprender a me comunicar. Lá a pessoa tem tudo que
precisa, o país funciona. Só sentia falta de um bom feijão e arroz”,
brinca.Fonte: Tribuna do Norte
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