A
quebra de 50% da receita mensal prevista para o ano de 2013 é a
explicação para a crise financeira enfrentada pelo ABC. A revelação foi
feita pelo presidente alvinegro Rubens Guilherme, em entrevista ao
programa Esportes de Primeira do Portal Tribuna do Norte. Em números
reais, o clube esperava uma receita de R$ 600 mil/mês e atualmente só
arrecada cerca de R$ 300 mil/mês. Sem recursos, o clube não
conseguiu cumprir em dia os acordos firmados com alguns atletas
remanescentes da temporada passada, bem como atrasou em alguns dias o
salário do elenco contratado em 2013. Esses atrasos teriam sido o
"estopim" para o movimento que culminou com a saída de Givanildo
Oliveira e Andrey do ABC.

No
entanto, o presidente Rubens Guilherme tem uma visão diferente dos
fatos e atribui ao então comandante do time, Givanildo Oliveira, a
responsabilidade pelo conflito ocorrido entre o clube e os atletas.
"Givanildo se precipitou. A atitude dele não tem explicação. O que ele
fez é explicável se ele fosse um técnico inexperiente, o que não o é",
lamentou Rubens Guilherme. O presidente abecedista classificou o
momento atual do clube como de "adequação" a realidade. O conceito foi
obtido com base em problemas que o ABC teve ao ver o orçamento planejado
para o ano minguar em 50%. "Contratamos o grupo atual com base na
prospecção de receita que tínhamos, mas no início do ano não deu certo.
Inclusive até quando fomos na Caixa Econômica Federal nos informaram do
mínimo que receberíamos, mas até agora não saiu nada. Temos a esperança
que saia", revelou. No entanto, Rubens Guilherme não credita o
problema com os atletas nem tampouco a saída de Givanildo Oliveira ao
atraso em pagamentos. Segundo o cartola alvinegro, todos os acordos com
os atletas foram feitos, inclusive com o goleiro Andrey, mas houve um
atraso no início do cumprimento do mesmo em função de um problema
burocrático com o repasse de um dos patrocinadores. Em função dessa
explicação, o presidente do ABC atribui a uma ação precipitada do
técnico Givanildo Oliveira a culpa pelos transtornos ocorridos na última
sexta-feira. "O movimento não foi dos jogadores. O que eu estranhei e
continuo estranhando ainda foi uma atitude isolada do nosso
ex-treinador, que eu conceituo como competente, como grande conhecedor
do futebol, mas eu não acho que ele foi feliz naquela decisão, naquela
hora, porque ele sabia que nós estávamos na cola desses recursos e ele
poderia primeiro ter falado com a gente antes de ter falado com os
atletas. Apesar disso, o presidente abecedista acredita que a
solução para os problemas está próxima e aposta alto na chegada de Paulo
Porto para comandar o time. "A escola gaúcha de treinadores sempre tem
dado bons treinadores. Nós já acompanhávamos a carreira dele e até torci
para ele perder na final para não se valorizar tanto. Assim que
terminou o jogo liguei para ele e já conversei com ele e vi que é uma
pessoa que está bem capacitada. A expectativa é de sucesso", concluiu.
Fonte: Tribuna do Norte
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