Júnior Santos
Para
ser bom atirador é preciso ter velocidade e técnica para acertar todos
os alvos no menor espaço de tempo. As pistas são os principais
adversários na luta pelo título
"Não teremos apenas agentes da
polícia federal. Nos clubes de tiros do Rio Grande do Norte, temos
médicos, advogados, empresários, pessoas dos mais diversos segmentos da
sociedade que gostam de praticar o tiro esportivo e também de participar
dessas competições. Estamos esperando entre 80 e 100 competidores, que,
além de Natal, vão vir de Mossoró, Caicó, Assú, Santa Cruz e de outros
estados, como Paraíba, Ceará e Pernambuco. Essa etapa vai ser bastante
acirrada. Como temos seis clubes de tiros registrados, teremos seis
etapas durante todo o ano", prevê Araújo. A competição vai
acontecer em duas categorias: Revólver (masculino e feminino) e Pistola,
que, além de ser para homens e mulheres, é dividida também e três
modalidades: Production, que o competidor não pode modificar a arma, a
Standard, quando o competidor pode modificar sua arma e a Open, aberta
para todos os participantes do campeonato. "Teremos sete pistas no
espaço reservado ao campeonato e cada uma diferente da outra. Pensamos
em organizar uma disputa para que todos os participantes possam
demonstrar suas habilidades. Não podemos ter só pistas rápidas, porque
tem competidores que são mais técnicos e não tão rápidos. O ideal é ser
preciso e rápido e é isso que vamos ter nessa competição", afirma
Fernando Araújo. No sábado, a competição vai ser dedica apenas
aos árbitros, já que no domingo, eles vão ser os responsáveis por
divulgar a pontuação de cada participante e, por isso, não vão poder
competir. Além dos homens, mulheres também estão liberadas para
participar da competição. O número é menor do que o dos homens, mas,
está crescendo a cada dia. "No Nordeste, de uma forma geral, as mulheres
ainda estão em um número muito menor que os homens, mas, estão
começando a se interessar pela prática do tiro. No Sul, é impressionante
a quantidade de mulheres que participam das competições. E, crianças
também. Como se trata de um esporte, todo mundo pode praticar", revela o
agente da classe especial. Um dos participantes do campeonato
vai ser Leonardo Lacerda. Agente da Polícia Federal, ele explica que o
tiro prático, assim como outras modalidades esportivas, vem evoluindo ao
longo dos tempos e cada vez mais, a parte física é fundamental para a
sua prática. "Antigamente, o esporte era um estilo mais clássico e
hoje é mais dinâmico. O tiro foi evoluindo com o passar do tempo e as
pistas de competições também. Antes, era só atirar nos alvos. Agora, com
todas as dificuldades, os competidores precisam desenvolver suas
estratégias para cada pista, cada competição", afirma Lacerda.Segurança é fundamental para a realização da disputa
Por se tratar de uma competição que envolve armas de fogo, a segurança, nessas disputas, é dobrada, para evitar acidentes envolvendo os participantes, como também as pessoas que estão apenas olhando a disputa ou torcendo pelos seus preferidos. Para começar, de acordo com Fernando Araújo, existe um espaço próprio para manusear as armas, para evitar disparos acidentais. Todo competidor, por obrigação, deve passar por essa espécie de sala, para preparar sua arma, seja pistola ou revólver. Em seguida, eles devem colocar suas armas no coldre, assim como os carregadores de munição.
Júnior Santos
As provas vão ser disputadas em duas categorias: revólver e pistola,
tanto no masculino e no feminino
Todos esses passos são analisados de perto pelos árbitros da competição e qualquer deslize ou não cumprimento de algumas dessas regras de segurança, podem gerar de penalidades na pontuação geral do competido a eliminação na disputa. "A segurança, nessas competições, estão, sempre, em primeiro lugar. Não podemos dar espaço para deslizes, já que estamos lidando com armas de fogo", afirma Araújo. Os próprios competidores são obrigados a usar alguns utensílios para sua segurança. Óculos e abafador auditivo são essenciais para a disputa. "Mesmo que os participantes fiquem a uma distância segura dos alvos (cerca de sete metros), às vezes sobra algum estilhaço de cápsula ou do próprio alvo. Então, os óculos servem para proteger os competidores", revela o agente da classe especial. Cada pista é colocada em uma área diferente do espaço, justamente para impedir que aconteçam problemas na execução das provas. Apenas os competidores podem ficar presentas nos espaços determinados para as provas. Quando a disputa termina, os atiradores precisam desarmar a pistola, retirar o cartucho e mostrar aos juízes que a arma está limpa e não oferece perigo aos presentes na competição. Os interessados em participar do campeonato de tiro prático deve ser filiado a algum clube de tiro do Rio Grande do Norte. As inscrições podem ser feitas no dia da competição. Homem tem que pagar uma taxa de R$ 70 e mulher não paga.
Por: Felipe Gurgel - Repórter TN
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