Frankie Marcone
Presença de fogos de artifício dentro do estádio foi um dos pontos
criticados no relatório da PM
"Quero
novos laudos a respeito das condições de segurança do Nazarenão. O que
nós temos atualmente serve apenas para os jogos de pequeno apelo
popular. Pelos problemas internos informados na representação da Polícia
Militar, pudemos notar que o esquema de segurança atual é falho para os
dias de grandes jogos", afirmou José Augusto. A promotoria
instaurou inquérito através do qual pretende definir o futuro do
estádio de Goianinha. "Não podemos ficar inertes diante das dificuldades
relatadas", ressaltou José Augusto, destacando que o prazo para que a
nova documentação seja entregue é de 90 dias, mas que ele pediu urgência
à presidência da FNF. "Quanto mais rápido pudermos resolver essa
questão, melhor. É um problema de todos nós envolvidos com a segurança
dos torcedores", frisou.Na representação enviada ao Ministério Público, o comandante do BOPE listou uma série de dificuldades, narrando inclusive incidentes com sinalizadores usados pela torcida americana. Os registros se reportam todos ao dia do clássico contra o ABC. Segundo o MP, ainda foi exposto que: no Nazarenão, há facilidade para que os torcedores atirem objetos contra policiais ou jogadores e que, durante o clássico do fim de março, alguns integrantes da torcida do América deslocaram-se para o alambrado do Estádio e se posicionaram por trás do túnel e banco do ABC, passando a "a ofender aos que ali se encontravam com palavras de baixo calão, ocasionando tumulto, arremessando objetos nos policiais, fazendo uso de fogos de artifícios, além de invadirem a área restrita aos competidores, comprometendo a segurança dos torcedores". Frente aos problemas citados o José Augusto Peres requisitou ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, reforço no policiamento no Nazarenão durante os dias de jogos de maior torcida ou rivalidade, principalmente nas proximidades dos túneis e bancos das equipes adversárias dos mandantes das partidas e nas proximidades das cabines de imprensa. Além disso, houve a solicitação também de maior fiscalização na entrada de todos os torcedores ao estádio, sendo dirigentes ou não. A medida visa impedir que alguém tenha acesso ao Nazarenão portando fogos de artifício, cujo uso não é permitido dentro de praças esportivas. As autoridades desconfiam que os fogos utilizados no último clássico podem ter passado através de uma entrada onde não houve a revista adequada. Foram citados o América como parte a que os incidentes foram atribuídos e a FNF para fornecer a súmula do jogo em até 10 dias.
Fonte: Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário