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quinta-feira, 5 de abril de 2012

MP questiona a segurança do Nazarenão

Baseado em relatório apresentado pelo comandante do Bope, o Ministério Público resolveu solicitar um novo laudo de segurança do estádio Nazarenão e não descarta a interdição da praça esportiva para jogos de grande porte. O responsável pela Promotoria da Defesa do Consumidor, José Augusto Peres, preocupado com a situação relatada pela Polícia Militar notificou a Federação Norte-riograndense de Futebol (FNF), o América, o ABC e o presidente da Associação dos Cronistas Esportivos (ACERN), uma vez que houve relatos de problemas  enfrentados por profissionais da mídia com os torcedores.
Frankie MarconePresença de fogos de artifício dentro do estádio foi um dos pontos criticados no relatório da PM 
Presença de fogos de artifício dentro do estádio foi um dos pontos
criticados no relatório da PM
"Quero novos laudos a respeito das condições de segurança do Nazarenão. O que nós temos atualmente serve apenas para os jogos de pequeno apelo popular. Pelos problemas internos informados na representação da Polícia Militar, pudemos notar que o esquema de segurança atual é falho para os dias de grandes jogos", afirmou José Augusto. A promotoria instaurou inquérito  através do qual pretende definir o futuro do estádio de Goianinha. "Não podemos ficar inertes diante das dificuldades relatadas", ressaltou José Augusto, destacando que o prazo para que a nova documentação seja entregue é de 90 dias, mas que ele pediu urgência à presidência da FNF. "Quanto mais rápido pudermos resolver essa questão, melhor. É um problema de todos nós envolvidos com a segurança dos torcedores", frisou.
Na representação enviada ao Ministério Público, o comandante do BOPE listou uma série de dificuldades, narrando inclusive incidentes com sinalizadores usados pela torcida americana. Os registros  se reportam todos ao dia do clássico contra o ABC. Segundo o MP, ainda foi exposto que: no Nazarenão, há facilidade para que os torcedores atirem objetos contra policiais ou jogadores e que, durante o clássico do fim de março, alguns integrantes da torcida do América deslocaram-se para o alambrado do Estádio e se posicionaram por trás do túnel e banco do ABC, passando a "a ofender aos que ali se encontravam com palavras de baixo calão, ocasionando tumulto, arremessando objetos nos policiais, fazendo uso de fogos de artifícios, além de invadirem a área restrita aos competidores, comprometendo a segurança dos torcedores". Frente aos problemas citados o José Augusto Peres  requisitou ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, reforço no policiamento no Nazarenão durante os dias de jogos de maior torcida ou rivalidade, principalmente nas proximidades dos túneis e bancos das equipes adversárias dos mandantes das partidas e nas proximidades das cabines de imprensa. Além disso, houve a solicitação também de maior fiscalização na entrada de todos os torcedores ao estádio, sendo dirigentes ou não. A medida visa impedir que alguém tenha acesso ao Nazarenão portando fogos de artifício, cujo uso não é permitido dentro de praças esportivas. As autoridades desconfiam que os fogos utilizados no último clássico podem ter passado através de uma entrada onde não houve a revista adequada. Foram citados o América como parte a que os incidentes foram atribuídos e a FNF para fornecer a súmula do jogo em até 10 dias.
Fonte: Tribuna do Norte

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