Anistávio foi adotado pela família "Pitbull"
Com o novo kimono Gasparzinho começou a treinar jiu-jitsu. Mas a necessidade de trabalhar para conseguir ajudar a mãe acabava atrapalhando o desenvolvimento do atleta. Foi então que uma outra família apareceu na vida do lutador, que até então era apenas mais um garoto tentando realizar o seu sonho. "O meu pai, que é coronel da Polícia, ficou sabendo do Gaspar. Eu já o conhecia, por já ter o visto treinando. Então soubemos das condições dele e decidimos dar uma oportunidade. Então ele veio morar com a gente", afirmou Patrício Pitbull, que contou que o interiorano rapidamente começou a se destacar. "Ele passou seis anos morando com a gente. Ainda adolescentes nós começamos a participar de algumas competições e o Gaspar começou a se destacar", disse. Hoje Patrício e o seu irmão, Patricky participam do Bellator, um dos eventos mais importantes do MMA mundial. Ele acredita que em breve Gasparzinho estará entre os melhores. "Ele tem muito talento. E além de tudo é um cara que quando quer alguma coisa não tem ninguém que o impeça de conseguir. Então ele tem tudo para começar a brilhar no MMA".
A grande oportunidade
Depois de batalhar muito para conquistar um espaço no mundo da luta, no início deste ano veio a grande oportunidade. O UFC confirmou que faria uma edição do "The Ultimate Fighter" no Brasil, programa que garante aos vencedores um contrato com a organização mais importante do MMA mundial. "O Gaspar ficou muito animado. Era a oportunidade que ele estava esperando para mostrar o seu potencial", destacou Márcio Medeiros, irmão do atleta, que ainda lembrou que Anistávio já foi convidado para treinar longe de Natal, mas nunca aceitou. "Ele recebeu convites até para treinar fora do Brasil. Mas ele é muito apegado a família. Agora surgiu essa oportunidade e tenho certeza que ele não vai desperdiçar". Selecionado como um dos 32 atletas que iriam passar pela fase preliminar, no episódio de estreia do programa, que ocorreu no domingo passado, quando o presidente do UFC, Dana White, falava com os atletas sobre a oportunidade que eles estavam tendo, o potiguar não controlou a emoção e começou a chorar, fato que repercutiuem todo o Brasil. "Ele sempre foi assim. É um cara casca grossa dentro do octógono, mas fora ele é muito emotivo", declarou Márcio. Depois de vencer o paulsita Rafael Bueno, o programa de hoje mostrará em qual equipe o peso-pena de 23 anos irá ficar, na de Vitor Belfort ou na de Wanderlei Silva.
Fonte: Diego Hervani para O Poti
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