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Hoje, Ídolo do América |
O futebol apresentado não foi suficiente para desequilibrar o
clássico, com um olhar frio sobre a partida, ele também jamais seria
eleito o melhor jogador em campo. Porém, ainda assim, pelas
circunstâncias de ter sido ídolo recente do ABC, depois trocado o
alvinegro pelo maior rival e regressado ao Frasqueirão pela primeira vez
com a camisa do América, o meia Cascata conseguiu despertar sentimento
de amor e ódio e foi de longe o personagem da partida. Insultado
pelos antigos fãs durante boa parte do clássico e sentindo toda ira dos
abecedista no momento em que foi expulso de campo, o jogador disse que
não se abateu, pois aguardava por um ambiente hostil mesmo. Àqueles
rivais que ainda nutrem admiração por ele, o atleta tratou de retribuir
ao final da partida, saindo do vestiário apenas para falar com as
cozinheiras do ABC. Mas no trajeto até o alambrado, os
inconformados com a recente troca de camisas, voltaram a xingar o
jogador e chamá-lo de mercenário, como já havia ocorrido no momento da
expulsão. “Eu sou jogador do América, eu não devo nada do ABC, o clube
também não me deve nada [risos]. Agora eles me chamam de mercenário por
que eu tenho de sustentar minha família e por que tenho de receber para
trabalhar? Não entendo.
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Ontem, Ídolo do ABC |
Ninguém vai trabalhar de graça, eu não trabalho
de graça”, ressalta. Quanto ao carinho recebido por parte dos
funcionários, Cascata ressalta que tem realmente uma consideração muito
grande pelas “tias do refeitório”, que sempre o trataram muito, bem
como entende o fato de algumas crianças o considerarem um traidor.
“Realmente não deve ser fácil eles assimilarem ver um ídolo deixar seu
clube e ir jogar no maior rival. As crianças, principalmente, são
movidas exclusivamente pela paixão no futebol”, afirmou Cascata.
Fonte: Tribunadonorte.com.br
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