Márcio Mossoró avisa que dentro de seis anos volta ao Baraúnas para encerrar a carreira

Com contrato por mais três anos com o Braga-POR, Márcio Mossoró(Foto) não pretende voltar ao futebol brasileiro neste momento. Apesar de o futebol nacional estar repatriando grandes jogadores, ele espera cumprir seu contrato e se manter em Portugal por mais alguns anos. O meia-atacante, que se destacou no cenário nacional com as camisas do Paulista de Jundiaí e Internacional-RS, revela que foi bem acolhido e tem sido bem tratado em Portugal. Com diversos companheiros de clube brasileiros, Márcio conta que a torcida portuguesa é carinhosa com ele e com os demais brasileiros da equipe. "Tanto eu como os outros brasileiros somos bem tratados por lá. O Braga é uma equipe que tem muitos brasileiros e tem feito boas campanhas no Campeonato Português e até mesmo na Liga Europa. A torcida tem um carinho especial por nós e isto faz com que nós brasileiros tenhamos vontade de permanecer lá por mais tempo", comenta. Com volta marcada para Portugal em julho, Márcio Mossoró está treinando com o time do Baraúnas, que se prepara para disputar a série D. O atleta deseja manter a forma física para chegar a Portugal bem e disputar a fase preliminar da Liga dos Campeões da Europa pelo Braga. Se o time avançar, ele vai disputar a fase de grupo do principal campeonato de clubes do mundo, ao lado de craques como Messi, Cristiano Ronaldo, Xavi, Lampard, Buffon, Aguero, entre outros. "Disputar a Liga dos Campões é algo incrível. Já joguei algumas partidas pela fase de grupo e é uma coisa fantástica. Uma lembrança que tenho boa e ruim da Liga foi a partida contra o Arsenal-ING. Esse jogo marcou minha volta aos gramados depois de uma lesão, o que é o ponto positivo, mas levamos uma goleada na partida, o que é o fato negativo. Tudo na vida tem os dois lados e essa partida teve isso", destaca. Entre as equipes mais fortes e o jogador de maior qualidade que já enfrentou, Márcio Mossoró afirma que o Arsenal e Hulk são os destaques. Ele lembra que na partida contra o Arsenal-ING pela Liga dos Campões, o Braga não levou só a goleada como também um passeio tático dentro de campo. "O time inglês era muito rápido. Fábregas e Nasri deram um show. O Arsenal é um time sensacional. Já sobre um jogador difícil de enfrentar eu me lembro do Hulk. Ele tem feito grandes atuações no Campeonato Português e tem mostrado isso também na Seleção Brasileira. Acredito que ele ainda vai aparecer muito aqui no Brasil". Com pensamento de ficar em Portugal por mais tempo, Márcio confessa que no próximo ano irá se naturalizar português, obtendo, desta forma, passaporte europeu. Ele explica que a naturalização vai ajudá-lo a conseguir futuras transferências, pois ele não entrará nos clubes nas vagas de estrangeiro e também vai lhe dar a chance de defender a Seleção de Portugal. O meia Deco, o atacante Liedson e o zagueiro Pepe são exemplos de brasileiros que se naturalizaram portugueses e foram chamados para defender a equipe lusitana. Por saber que a concorrência no Brasil é grande, devido ao alto nível dos jogadores, Márcio Mossoró afirma que se for convocado para defender Portugal vai jogar com o maior prazer. "Todo mundo sonha em vestir a amarelinha do Brasil, mas essa realidade é distante. Se eu for convocado pela seleção portuguesa quando me naturalizar, vou defender as cores de Portugal com grande satisfação", garante. Com 29 anos, Márcio Mossoró pensa em voltar ao Brasil ainda em boas condições físicas. Sem preferir em qual equipe atuar, o jogador mossoroense revela ter vontade de jogar em algum grande time do futebol paulista ou do futebol mineiro. "Esses dois centros são os que mais me interessam.

Penso em voltar depois que cumprir meu contrato com o Braga. Jogar no futebol brasileiro é um plano, assim como é plano e um sonho encerrar a carreira com a camisa do Baraúnas. Acredito que em seis ou sete anos estarei jogando pelo Leão. É aqui na minha cidade e perante os meus familiares e amigos que desejo encerrar a carreira", finaliza o jogador que leva o nome de sua cidade na camisa.

Fonte: Fidel Nunes/Redação/G. do Oeste