Marcos Ferrari foi técnico do Palmeira-RN no Campeonato Potiguar
deste ano (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Segundo apurou o GloboEsporte.com,
mesmo fora do clube de Goianinha, o treinador mantinha relação com
alguns jogadores que foram para o Verdão por sua indicação e os tratava
como "meus meninos". Marcos Ferrari deve ser preso ou se entregar à
Polícia ainda nesta quinta-feira. O GloboEsporte.com foi procurado pelo advogado Artur
Roque, que representa o ex-treinador do Palmeira-RN, que disse "não ter
conhecimento sobre a investigação e que ainda estaria se inteirando
sobre os autos do processo". O advogado contou ainda que
Marcos Ferrari
permanece em Natal e aguarda o cumprimento do mandado pela Polícia. Após
deixar o clube, Ferrari também teria aberto um bar no bairro de Ponta
Negra, na zona Sul da capital potiguar. De acordo com uma fonte que esteve ligada ao futebol do Palmeira-RN durante o estadual e que
pediu para não ser identificada, "se (Marcos) procurou coisa errada,
terá que arcar com as consequências. Ele (Marcos) diz que não tem nada a
ver, mas ninguém conhece ninguém hoje". O presidente do clube, Cláudio José Freire "Cal", negou qualquer participação da instituição no esquema de corrupção.LEIA MAIS
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Marcos Danilo Ferrari tem 42 anos e foi anunciado como técnico do Palmeira-RN no dia 23 de novembro de 2015 para comandar a equipe no Campeonato Potiguar 2016. Na carreira, trabalhou como auxiliar técnico do MS Saad, clube de São Caetano do Sul, em 2012. Depois, em 2014, foi auxiliar técnico no Nacional-PR. Em 2015, foi contratado pelo Cambé para comandar a equipe na terceira divisão do Campeonato Paranaense. No Campeonato Potiguar deste ano, não teve um desempenho favorável e comandou o Verdão do Agreste em 11 partidas - perdeu 10 e venceu apenas uma, por 2 a 1 sobre o Globo FC, na última rodada do primeiro turno.
Operação "Game Over"
Oito pessoas foram presas temporariamente em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. Um acusado não foi encontrado no Rio de Janeiro e outro, que está sob investigação, é Marcos Ferrari. A quadrilha atuava principalmente nas segunda e terceira divisões de São Paulo, além de torneios do Nordeste. A delegada Kelly de Andrade, encarregada da investigação, disse que as prisões fazem parte de uma fase inicial da investigação e admitiu que o esquema pode ser ainda maior. A investigação começou após alerta de uma empresa especializada no monitoramento de possíveis fraudes esportivas contratadas pela Fifa. A companhia identificou suspeitas em um jogo do Paulista sub-20 em que o Atlético Sorocaba foi derrotado pelo Santo André por 9 a 0.
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