A sina continua. Jogando fora de casa, na Arena Pernambuco,
o ABC foi goleado pelo Náutico
e acumula 17 jogos seguidos sem vitória na Série B. O resultado mantém o
ABC na penúltima posição da competição, com 23 pontos, e torna ainda
mais difícil a luta para escapar do rebaixamento. Atualmente, a
distância para o primeiro time fora do Z-4 é de oito pontos. Questionado
se acreditava em milagre, o técnico Hélio dos Anjos foi enfático e
deixou bem claro que não vai desistir da missão de livrar o time da
degola. - Eu acredito no trabalho. É um momento em que eu não
tenho outra alternativa. Tive ontem (sexta-feira) uma reunião com a
direção e o nosso ponto de vista, a nossa posição, é de luta, é de
buscar até o final para ver o que acontece [...] Eu tenho uma posição do
clube e tenho uma posição minha. Eu não quero jogar a toalha, eu não
sou de jogar a toalha, e o comportamento que a minha equipe teve em
vários jogos me dá esperança ainda - declarou.
O técnico alvinegro também falou sobre o impacto que mais uma derrota
vai causar na campanha do clube na Segundona. Afirmou que a situação do
Alvinegro está "apertando", e lamentou muito o revés para o Náutico,
principalmente por saber que os concorrentes diretos do ABC na luta
contra o rebaixamento também não obtiveram bons resultados - Boa
Esporte, Mogi Mirim e Macaé perderam, e o Ceará empatou em casa. -
A situação só vai apertando, e o resultado está sendo mais duro porque
estamos vendo os resultados do nossos concorrentes diretos. Então a
gente olha para os resultados finais dos nossos concorrentes e pensa: se
a gente tivesse feito três pontos, estaria tudo diferente. Isso dói.
Está todo mundo ajudando, e nós, com erros, não estamos nos ajudando, e
nós temos que nos ajudar nesse sentido. O jogo coletivo que esse grupo
apresentou no primeiro tempo, mesmo com um homem a menos, foi muito
satisfatório - disse. De acordo com o treinador, o Alvinegro precisa de um "algo a mais"
para alcançar seus objetivos. Para Hélio, o primeiro gol da equipe do
Náutico, logo aos três minutos da segunda etapa, foi como um banho de
água fria em seu elenco, que voltara motivado para o segundo tempo.-
Se nós queremos conseguir o que não conseguimos até agora, nós também
temos que fazer algo diferente. Se nós não conseguimos a pontuação que
nos dê tranquilidade, é porque nós deixamos a desejar. Então nós temos
que fazer um algo a mais. Eu falei no intervalo que esse algo a mais era
a multiplicação de forças. A partir do momento que temos um homem a
menos, precisamos nos multiplicar. Eu preciso de 15 jogadores em campo,
eu não posso mais ter 11 só, no aspecto psicológico, para conseguir
superar essa adversidade. Infelizmente nós erramos aos três minutos em
uma bola que estava no nosso domínio, totalmente nossa. Isso mata um
time que veio para o segundo tempo sabendo que, se nos deixassem jogar,
nós iríamos acabar jogando, mas nós erramos - analisou.

Por GloboEsporte.comNatal
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