Preto, do Novo Hamburgo, atuou de forma irregular (Foto: Reprodução/SporTV)
De
poucas palavras e voz baixa, abalado com a eliminação da Copa do
Brasil, o presidente do Novo Hamburgo, Claudemir Dias da Costa,
transmitiu em entrevista após o julgamento no STJD na tarde desta
sexta-feira o sentimento de tristeza que toma conta do clube e também da
cidade que fica no Vale do Sinos, no Rio Grande do Sul. Era a segunda
vez que a equipe disputava o torneio, e que havia avançado de fase. Em
2006, caiu na primeira. Nesta edição, tinha a vaga às oitavas garantida.
Não fosse por uma irregularidade, que resultou da exclusão da
competição. A comunidade estava eufórica com a classificação
dentro de campo. Estamos todos muito tristes - resumiu à Rádio Gaúcha,
após a decisão unânime no Tribunal. Claudemir avisou, no entanto, que
apesar da sentença, a direção não se dará por vencida. Nos cabe recurso, e assim vamos fazer. Com certeza temos esperança - afirmou. O Noia foi denunciado com base no artigo 214, parágrafo 4º, do
Regulamento Geral das Competições, que julga culpado o clube que inclui
na equipe um jogador irregular para participar de uma partida. Julgado nesta sexta-feira pela Quinta Comissão Disciplinar do
Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), foi eliminado da
competição por escalar de forma irregular o meia Preto, no segundo jogo
contra o ABC, válido pela terceira fase do torneio. Com isso, o time potiguar ganhou os pontos da partida e ficou com a vaga
para as oitavas de final. Dentro de campo, o time potiguar venceu a
primeira partida, no Frasqueirão, por 1 a 0, mas perdeu o confronto da
volta, no Estádio do Vale, por 2 a 0.
Novo Hamburgo se confundiu
O
clube recebeu uma notificação antes do jogo com o ABC. Mas achou que o
problema era a suspensão do meia Preto, que já havia cumprido a punição.
A direção não imaginava que havia algum problema na questão contratual
do jogador. Seu vínculo com o Novo Hamburgo havia vencido. Entendíamos que a punição era referente aos dois jogos de suspensão
dele, que havia sido cumprida. Por isso colocamos ele em campo -
lamentou Claudemir.
Entenda o casoDe
acordo com a denúncia da procuradoria, o meia Preto foi expulso na
partida de ida entre Novo Hamburgo e J.Malucelli, no dia 1º de maio,
válida pela segunda fase da Copa do Brasil. Após julgamento do STJD,
Preto foi punido com duas partidas de suspensão. O jogador cumpriu a
suspensão automática no jogo de volta, no dia 7 de maio, contra o
próprio J.Malucelli, e logo em seguida seu contrato com o clube gaúcho
venceu no dia 18 de julho. Na sequência, o Novo Hamburgo
enfrentou o ABC na partida de ida da terceira fase, no dia 23 de julho.
Ciente da situação, o clube optou por não utilizar o jogador devido à
punição. Entretanto, o meia ainda estava sem contrato, pois o novo
compromisso só foi registrado no dia seguinte (24) ao jogo. Como o
atleta estava sem inscrição no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF, a
punição não foi paga. A pena deveria ter sido cumprida na partida de
volta contra o Noia, no Rio Grande do Sul, no dia 30 de julho, mas Preto
acabou atuando na vitória por 2 a 0, que na ocasião garantiu a
classificação do clube gaúcho.
Por GloboEsporte.comPorto Alegre
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