Dois dias após se mostrar otimista com o
resultado da reunião em que recebeu apoio de alguns abnegados
tricolores para cumprir seu mandato, desistindo de uma renúncia já
anunciada, o presidente Eudes Fernandes, do Baraúnas, voltou atrás e
decidiu entregar o cargo. O fato foi revelado pelo repórter da
Rádio Difusora (1.170kHz), Alcivan Silva, em noticiário na noite desta
quinta-feira (17). O profissional afirmou que na tentativa de saber como
estavam as negociações para formação do novo elenco, ouviu a seguinte
declaração: “A partir de agora não sou mais presidente do Baraúnas”. Os motivos da recidiva não foram
revelados por Eudes, que preferiu não conceder entrevista ao vivo
alegando estar entrando naquele momento em um consultório médico. Durante todo o dia, o presidente evitou
entrevistas e em boa parte do tempo permaneceu incomunicável. O Portal
F9 tentou entrar em contato com o dirigente, mas as ligações sempre
acabavam na caixa postal. Também não houve retorno. A diretoria Josirene
Ribeiro também foi procurada, mas não atendeu às ligações. Apesar da falta de uma declaração do
presidente explicando a nova decisão, os indícios são fortes de que
analisando a reunião mais calmamente, Eudes não teria sentido firmeza no
apoio declarado pelo grupo que participou do encontro. O temor de continuar conduzindo o
clube sozinho, inclusive aplicando recursos próprios, como ocorreu nesta
temporada, teriam motivado o dirigente à renúncia novamente. Inclusive,
o número de abnegados que participaram desta reunião não teria sido tão
satisfatório assim, deixando transparecer o desinteresse do grupo. Outro fator, ligado aos demais motivos já expostos, e talvez o principal deles, seria a pressão familiar por seu afastamento. Agora, sem Eudes no comando, o espaço
fica aberto para que o grupo que se lançou virtualmente para gerir o
Baraúnas em forma de junta governativa, se pronuncie. No entanto, nenhum
dos membros se mostrou disposto a assumir o posto mais alto. Há uma semana, esse grupo teria
convidado a diretora Josirene Ribeiro para assumir o cargo de
presidente, em caso de renúncia de Eudes, prometendo-lhe apoio. Ela
recusou, alegando também resistência de sua família. Outra possibilidade, e que se comenta
fortemente nos bastidores, seria a volta do ex-presidente João Dehon,
hoje dirigente do Mossoró Esporte Clube. Embora já tenha se pronunciado à
respeito afirmando ter outros projetos no momento, inclusive com o MEC,
Dehon nunca deixou de colaborar com o Baraúnas, por quem se declara
torcedor apaixonado, o que fortalece a possibilidade de retorno.
O fato é que o Baraúnas está sem
presidente e com a renúncia de Eudes, o clube, que já estava na reta
final de negociação para rescisão de contratos com os atletas que
disputaram a Série C, e se preparava para iniciar o ciclo de
contratações para a próxima temporada, volta à estava zero. O rumo tomado recentemente pelo volante
Fidélis, goleiro Ramon e o atacante Fabinho Cambalhota, que fecharam
acerto com o rival, Potiguar, talvez já seja reflexo do momento de
desarticulação administrativa do clube, à porta de uma nova temporada.
Fábio Oliveira/Da redação F9
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