Árbitro relata portão trancado na súmula do jogo ABC x São Caetano

Antes de ABC x São Caetano, Azulão foi impedido
de aquecer no gramado(Foto: Augusto Gomes)

 

A partida entre ABC e São Caetano, na terça-feira, pela 30ª rodada da Série B, foi muito agitada dentro e fora de campo. Antes mesmo de a bola rolar e o alvinegro vencer por 2 a 0, surgiu uma polêmica com relação ao tratamento que a equipe do interior paulista teria recebido no Estádio Frasqueirão, em Natal. Dirigentes e atletas do Azulão disseram que foram impedidos de realizar o aquecimento pré-jogo no gramado. Segundo eles, o portão de acesso ao local estava trancado até momentos antes do apito inicial. O árbitro Arilson Bispo da Anunciação, da Bahia, relatou o incidente na súmula do jogo. De acordo com o documento, dois cadeados mantiveram o portão do São Caetano fechado durante o tempo que deveria ser destinado ao aquecimento. Seguranças do ABC também teriam impedido a entrada dos paulistas no campo.

 

Árbitro de ABC x São Caetano relata portão trancado na

súmula da partida (Foto: Reprodução/CBF)

O problema atrasou em 15 minutos a divulgação da escalação dos visitantes para a imprensa. "Fui informado pelo quarto árbitro da partida que houve um atraso na entrega da relação da equipe do São Caetano à imprensa de 15 minutos , devido ao túnel que dá acesso ao gramado estar fechado com dois cadeados e com seguranças da equipe do ABC", escreveu Arilson na súmula. A versão do ABC para o incidente é que, "misteriosamente", um outro cadeado apareceu no portão quando os seguranças do clube foram liberar a passagem da delegação do São Caetano. Segundo Wilson Cardoso, dirigente do alvinegro, um cadeado sempre é colocado no túnel dos visitantes. "Até mesmo para proteger os atletas". Mas ele fala que na terça-feira haviam dois, e foi necessário serrar um deles, pois não havia chave. Em entrevista ao PremiereFC, o superintendente de futebol do ABC, Ferdinando Teixeira, admitiu que o clube costuma "trancar" os adversários e retardar a entrada deles no campo do Frasqueirão. De acordo com Ferdinando, essa prática é uma "resposta" ao tratamento que o Mais Querido recebe em alguns estádios pelo Brasil.
Por GLOBOESPORTE.COM Natal