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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

ABC quer desqualificar acusações

O ABC enfrenta hoje uma verdadeira decisão dentro da série B do Brasileiro, porém num terreno completamente diferente de um campo de jogo. O clube  vai a julgamento pelo distúrbio registrado na entrada de torcedores pelo portão C, no jogo diante do Palmeiras, realizado no Frasqueirão no último dia 5 de outubro e corre risco de ter seu estádio interditado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O caso que será apreciado pela primeira turma vai a julgamento a partir das 16 horas, na sede do Tribunal no Rio de Janeiro.
Magnus NascimentoEm pânico, alguns torcedores pularam o alambrado e foram auxiliados pela polícia, na tentativa de fugir do tumulto no portão C
Em pânico, alguns torcedores pularam o alambrado e foram auxiliados
pela polícia, na tentativa de fugir do tumulto no portão C
A procuradoria do STJD mediante as imagens do tumulto, denunciou o clube potiguar no   parágrafo segundo do artigo 23 do Estatuto do Torcedor, considerado o mais pesado e que  diz:  “Perderá o mando de campo por, no mínimo, seis meses, sem prejuízo das demais sanções cabíveis, a entidade máxima desportiva detentora do mando de jogo em que tenham entrado pessoas em número maior do que a capacidade do público do estádio”. O vice-presidente jurídico do ABC, José Wilson Gomes Netto, está confiante que a defesa poderá desqualificar essa acusação. “Nós já temos pareceres de que esse artigo apontado pela promotoria do STJD, não tem como ser aplicado pela Justiça Desportiva, ele só é válido para os julgamentos realizados na Justiça Comum. Já temos decisões de alguns casos idênticos para mostrar no tribunal e solicitar a desqualificação desse artigo, que é o mais pesado para agremiação”, argumentou o dirigente. Junto a essa documentação, o departamento jurídico também muniu a defesa de todos os laudos demonstrando que a capacidade do estádio é maior que a anunciada pelo Corpo de Bombeiros, para quem o Frasqueirão pode comportar apenas 15.082 pessoas. “Nós temos o laudo registrado no Crea-RN e oficializado pela Federação Norte-riograndense de Futebol (FNF) e constante no Cadastro Nacional de Estádios da CBF mostrando que a capacidade oficial do Frasqueirão é para até 16 mil espectadores. Portanto, estamos documentados para afastar a acusação de superlotação do estádio, que no jogo contra o Palmeiras recebeu 15.636”, afirmou José Wilson. Além disso, o ABC foi enquadrado em três artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): o 206 (dar causa ao atraso do início da realização de partida), o 211 (deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infraestrutura necessária) e o 213 (deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto). Os defensores do clube potiguar também vão procurar mostrar que o ABC não deu causa ao atraso. “Quando enviamos ofício as autoridades de segurança, solicitamos efetivo para policiar até 16 mil pessoas. O tumulto na entrada de torcedores ocorreu por que alguns pararam no alambrado para ver o início da partida, enquanto outros torcedores se apressavam para entrar no estádio. Não tem no mundo quem possa prever um incidente desse tipo, logo a culpa não foi do ABC”, insiste José Wilson. O responsável pelo departamento jurídico do alvinegro ressalta ainda que, os torcedores que pularam o alambrado, com pânico no momento de maior concentração, não invadiram o campo. Todos fizeram isso orientados pelo próprios policiais uma vez que demonstravam sinais de desespero. “Esse tumulto que se formou foi desfeito em poucos minutos. O fato de algumas pessoas se desesperarem no meio de uma pequena multidão, não quer dizer que tenha corrido risco de morte. Existem pessoas que se desesperam em situações como aquelas. Prova do que estou falando é que não houve sequer um atendimento médico, ninguém se feriu, a polícia também não precisou deter ninguém, as ambulâncias  não foram acionadas e o serviço médico atendeu apenas uma torcedora com problema de pressão. Nada além disso. Os próprios fatos contrariam a tese de superlotação”, adverte José Wilson. A súmula do árbitro  relatando que o atraso foi provocado por  que “várias pessoas do público, incluindo crianças, começaram a pular o alambrado e, consequentemente, adentrar no campo de jogo, alegando que estavam sendo espremidas e correndo risco de morte”, não foi considerada prejudicial ao ABC. “As pessoas não pularam o alambrado para invadirem o campo. Quem pulou foi direcionado a um portão mais a frente, voltando para arquibancada num local onde não havia concentração de pessoas”, aponta o dirigente alvinegro.
Fonte: Tribuna do Norte

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