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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Contrato precisa de aval do Estado

A proposta da OAS já foi aprovada pelo conselho do América, mas ainda terá de passar pelo crivo do governo estadual. Segundo o secretário da Secopa, Demétrio Torres, o estado é sócio da empresa na Arena das Dunas e pode vetar alguns pontos do contrato, caso suspeite que ocorrerá algum prejuízo ao clube. O motivo, segundo a secretaria seria que o interesse do estado é o de promover o futebol local e não auferir lucro. “Todos os contratos que forem fechados para utilização da Arena das Dunas, os ganhos serão repartidos igualmente com o governo. Esse é um contrato de Parceria Público Privada e no caso do futebol nós não podemos nos fixar apenas nos lucros”, ressaltou o dirigente, salientando que o melhor quadro para o governo estadual, seria se todos os filiados da Federação Norte-riograndense de Futebol (FNF) tivessem a oportunidade de atuar no novo estádio.
Júnior SantosSecretário Demétrio Torres afirma que não conhece ainda o teor do contrato entre OAS e AméricaSecretário Demétrio Torres afirma que não conhece ainda o teor do contrato entre OAS e América
Apesar de parte integrante do empreendimento, Demétrio Torres disse que o governo não participará da formulação de nenhuma proposta, assim como não participou da realizada ao América. Porém vem acompanhando o desenrolar dos fatos e agirá em caso de necessidade. O presidente do América, Alex Padang, acredita que a proposta atual evoluiu bastante em relação a primeira e foi adequada a uma condição que será bom para ambas as partes. “Não vejo qualquer desvantagem para o América nesta nova proposta, ao contrário, acho até que ele pode ajudar o clube a desenvolver algumas áreas”, afirmou o dirigente. A proposta apresentada impõe limitas ao clube, por exemplo na venda de cadeiras para o estádio que o América está construindo no CT de Parnamirim. Mas de acordo com Ricardo Dantas, arquiteto da Arena do Dragão, o limite de comercialização 700 cadeiras obedece ao patamar de vendas projetado pela comissão que tratar da construção do estádio próprio do clube.  “Nós conseguimos vender 290 cadeiras até agora, ainda temos direito a vender 410 unidades. Cada uma delas custa R$ 4 mil e cada camarote, dos 128 previstos e vendidos, foi negociado a R$ 36 mil. Esse é o recurso que temos para construir o estádio do América”, informou Ricardo Dantas.
Como caiu o interesse dos torcedores na venda das cadeiras, Aléx Padang, acredita que o acerto com a OAS, permitindo que o proprietário de cadeiras no estádio do América tenha o direito de acesso gratuito também na Arena das Dunas, quando o alvirrubro mandar seus jogos no estádio, vai dar um novo impulso na campanha. “Acredito que esse será um dos pontos principais desse acordo com a OAS. Eles devem impulsionar a venda das cadeiras, bem como melhorar o número de adesão ao nosso programa de sócio-torcedor, que passará a ser gerido pela empresa após a assinatura do contrato”, ressaltou o dirigente. Preocupado apenas em resguardar o América de possíveis prejuízos, o presidente do conselho deliberativo do clube, José Rocha, vê a proposta com alguma restrição. “A empresa tem de deixar claro no documento que não irá cobrar do clube os possíveis prejuízos financeiros no final do acordo de cinco anos”, alerta.
Fonte: Tribuna do Norte

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