Ex-jogadores Barata e Moura relembram clássicos em que fizeram história e esperam que seja feito um grande espetáculo dentro e fora de campo.
Ex-atacante Barata, hoje, é estagiário no ABC
e quer ser treinador (Foto: ABC/Divulgação)
Como o mando de campo é do ABC, começamos pelo estagiário alvinegro. De
chuteiras penduradas há apenas dois anos, João Maria Menezes de
Bezerra, o Barata, hoje, voltou ao clube que o revelou após seis anos para estagiar na comissão técnica, já que começou a faculdade de Educação Física para dar início à carreira de treinador. Este potiguar já esteve dos dois lados, mas fez sucesso mesmo com a
camisa do alvinegro e ganhou a fama de carrasco do América-RN. Seu
clássico inesquecível foi em 1994, um dos primeiros da carreira. Era
finalíssima do Campeonato Estadual. A primeira partida terminou empatada
por 1 a 1, mas no segundo jogo foi dia dele brilhar na vitória por 3 a 1
do ABC. No primeiro gol, dei passe para Renilson, no segundo, meti um
calcanhar para Oliveira e, no terceiro, eu mesmo marquei. Esse dia foi
muito marcante para mim, bem especial - relembra o ex-atacante aos 40
anos. Dois anos depois, chegava ao América um experiente meia, que já era
ídolo do Sport. E foi justamente em 1996, aos 32 anos, que Moura viveu
seu clássico mais marcante. Ele, o goleiro Jorge Pinheiro, o atacante
Vanderlei e o volante Washington Lobo chegaram ao alvirrubro com o
objetivo de conquistar o título potiguar. E conseguiram. Venceram a
segunda fase do campeonato por 2 a 0, impedindo que o ABC faturasse o
título antecipado. Depois, se sagraram campeões com nova vitória sobre o
alvinegro.
Aposentado, Moura virou funcionário do clube e
hoje é gerente de futebol (Foto: Canindé Soares)
No primeiro turno o América ficou fora até do quadrangular. Nós
tínhamos que ganhar o segundo turno. Foi um jogo tenso. Teve uma falta
no finalzinho do jogo. Bati e fiz o gol. Depois disso fomos à grande
final. Não marquei, mas o América faturou o campeonato - conta o
"eterno" camisa 10 do Mecão, especialista em cobranças de falta. Carlos Moura Dourado se aposentou pelo América em 2001, após cinco anos
como ídolo alvirrubro. Hoje, é gerente do futebol do clube e nesta
temporada chegou a atuar como treinador, antes da contratação de Roberto
Fernandes para o cargo.hoje é gerente de futebol (Foto: Canindé Soares)
Projeções
Para Barata, não podia existir motivação maior do que jogar um clássico. Ouvir o Machadão lotado, com parte da torcida gritando seu nome, segundo eles, era algo emocionante, de arrepiar. Ciente de que a próxima partida não tem nem de perto a importância daquele jogo de 94, Barata sabe que as torcidas não estão muito motivadas, mas pede que as torcidas compareçam, como forma de valorizar ainda mais o futebol local. Não é um amistoso. Espero que as torcidas compareçam para prestigiar os jogadores. A do ABC principalmente para homenagear esse elenco que não deixou o time cair. Sempre é um jogo que pode marcar a história das equipes e dos jogadores. Podem renovar o contrato ou até dispensar dependendo da atuação - projeta o ídolo alvinegro. Moura quer que o América coroe este ano de 2012 com mais um vitória. E concorda com Barata ao dizer que é o jogo para os titulares mostrarem serviço e, se possível, se garantir na próxima temporada. Para ele, trata-se de um fato histórico, por isso, não pode ser apenas mais uma partida. Acho que só em ser clássico já é muita coisa. Quando começa o jogo, a rivalidade é grande. Tem que haver manutenção da história dos clássicos, dos tabus... Cada um tem que mostrar seu valor, tem jogador que incorpora e têm aqueles que amarelam. Não tem essa de não ter importância - finaliza.
Fonte: Matheus Magalhães/Natal
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