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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Ídolos de ABC e América esperam clássico como nos 'velhos tempos'

Ex-jogadores Barata e Moura relembram clássicos em que fizeram história e esperam que seja feito um grande espetáculo dentro e fora de campo.

ABC e América-RN se enfrentam pela nona vez em 2012 neste sábado. O embate, conhecido no Rio Grande do Norte como Clássico Rei, já arrastou multidões para o derrocado Machadão. O tempo e fatores extracampo fizeram com que a presença do torcedor diminuísse, mas não acabaram com o brilho do maior confronto do futebol potiguar. Neste ano, as equipes alternaram os confrontos nos estádios Frasqueirão, em Natal, e Nazarenão, em Goianinha. Para relembrar alguns desses jogos inesquecíveis e saber a expectativa deste próximo confronto pela última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, marcado para sábado, o GLOBOESPORTE.COM conversou com dois ex-jogadores, ídolos das torcidas alvinegra e alvirrubra, e que ainda hoje fazem parte do dia-a-dia das equipes: o ex-atacante Barata e o ex-meia Moura.
Barata, ex-atacante do ABC (Foto: ABC/Divulgação) 
Ex-atacante Barata, hoje, é estagiário no ABC
e quer ser treinador (Foto: ABC/Divulgação)
Como o mando de campo é do ABC, começamos pelo estagiário alvinegro. De chuteiras penduradas há apenas dois anos, João Maria Menezes de Bezerra, o Barata, hoje, voltou ao clube que o revelou após seis anos para estagiar na comissão técnica, já que começou a faculdade de Educação Física para dar início à carreira de treinador. Este potiguar já esteve dos dois lados, mas fez sucesso mesmo com a camisa do alvinegro e ganhou a fama de carrasco do América-RN. Seu clássico inesquecível foi em 1994, um dos primeiros da carreira. Era finalíssima do Campeonato Estadual. A primeira partida terminou empatada por 1 a 1, mas no segundo jogo foi dia dele brilhar na vitória por 3 a 1 do ABC. No primeiro gol, dei passe para Renilson, no segundo, meti um calcanhar para Oliveira e, no terceiro, eu mesmo marquei. Esse dia foi muito marcante para mim, bem especial - relembra o ex-atacante aos 40 anos. Dois anos depois, chegava ao América um experiente meia, que já era ídolo do Sport. E foi justamente em 1996, aos 32 anos, que Moura viveu seu clássico mais marcante. Ele, o goleiro Jorge Pinheiro, o atacante Vanderlei e o volante Washington Lobo chegaram ao alvirrubro com o objetivo de conquistar o título potiguar. E conseguiram. Venceram a segunda fase do campeonato por 2 a 0, impedindo que o ABC faturasse o título antecipado. Depois, se sagraram campeões com nova vitória sobre o alvinegro.
Carlos Moura Dourado, ídolo do América-RN (Foto: Canindé Soares) 
Aposentado, Moura virou funcionário do clube e
hoje é gerente de futebol (Foto: Canindé Soares)
No primeiro turno o América ficou fora até do quadrangular. Nós tínhamos que ganhar o segundo turno. Foi um jogo tenso. Teve uma falta no finalzinho do jogo. Bati e fiz o gol. Depois disso fomos à grande final. Não marquei, mas o América faturou o campeonato - conta o "eterno" camisa 10 do Mecão, especialista em cobranças de falta. Carlos Moura Dourado se aposentou pelo América em 2001, após cinco anos como ídolo alvirrubro. Hoje, é gerente do futebol do clube e nesta temporada chegou a atuar como treinador, antes da contratação de Roberto Fernandes para o cargo.
Projeções
Para Barata, não podia existir motivação maior do que jogar um clássico. Ouvir o Machadão lotado, com parte da torcida gritando seu nome, segundo eles, era algo emocionante, de arrepiar. Ciente de que a próxima partida não tem nem de perto a importância daquele jogo de 94, Barata sabe que as torcidas não estão muito motivadas, mas pede que as torcidas compareçam, como forma de valorizar ainda mais o futebol local. Não é um amistoso. Espero que as torcidas compareçam para prestigiar os jogadores. A do ABC principalmente para homenagear esse elenco que não deixou o time cair. Sempre é um jogo que pode marcar a história das equipes e dos jogadores. Podem renovar o contrato ou até dispensar dependendo da atuação - projeta o ídolo alvinegro. Moura quer que o América coroe este ano de 2012 com mais um vitória. E concorda com Barata ao dizer que é o jogo para os titulares mostrarem serviço e, se possível, se garantir na próxima temporada. Para ele, trata-se de um fato histórico, por isso, não pode ser apenas mais uma partida. Acho que só em ser clássico já é muita coisa. Quando começa o jogo, a rivalidade é grande. Tem que haver manutenção da história dos clássicos, dos tabus... Cada um tem que mostrar seu valor, tem jogador que incorpora e têm aqueles que amarelam. Não tem essa de não ter importância - finaliza.
Fonte: Matheus Magalhães/Natal

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