
Fotos: Carlos Santos/DN/D.A Press |
Já
imaginou uma fábrica de mulheres saradas? Um lugar onde se deixa de
lado o sedentarismo na busca por um corpo bonito e saudável? Pois ele
existe. A má notícia é que não é aberto ao público. São quase 20 meninas
suando diariamente a camisa e abdicando de tudo quanto é guloseima para
esculpir o corpo e deixar de lado o preconceito com com a silhueta
sarada, que já foi demonizada por muitos. A ideia do espaço surgiu na
década de 1980, ma só foi colocada em prática com tudo o que era
desejado há um ano e meio pelo professor de Educação Física Roberto Di
Le Llo. "O sonho de realizar hardcore só pode ser realizado depois de 26
anos, porque poucas pessoas tinham interesse e o custo era um
empecilho", diz o treinador. O estilo Hardcore de treinamento, segundo
conta Di Le Llo, traz influência da década de 70, o nome era utilizado
pelos militares e demonstrava a ideia de ser casaca grossa, grosseria,
ser contundente e era utilizado pelos atletas que treinavam em
locaisidentificados como undergrounds, casa de porões.

"Meus
pais não concordavam com um estilo de vida tão radical, mas meu corpo
foi mudando e hoje me sinto satisfeita com o meu corpo". Janaína Leão -
atleta |
Os conceitos
foram adaptados para a atualidade, as lojas de suplementos alimentares
ganharam espaço e em Natal, o grupo 100% Larissa Reis foi pioneiro. Vale
lembrar que a atleta e modelo fitness é sócia do local, que de acordo
com Di Le Llo foi todo inspirado nela. E como o próprio nome sugere, o
treinamento não é fácil. Aliás, é muito mais que isso. É um novo estilo
de vida, como define a atleta Janaína Leão. Ela treina desde a
adolescência e disse que começou a praticar musculação porque se achava
muito magra e gostou da atividade. Mas nunca tinha recebido as
orientações corretas. Está no treinamento Hardcore há 1 ano e 10 meses
porque as orientações do treinador começaram antes do espaço existir. "Tive
problemas dentro de casa porque meus pais não concordavam com um estilo
de vida tão radical, mas meu corpo foi mudando e eu fiquei cada vez
mais acostumada com tudo. Muita gente diz que é sacrificante ficar
fazendo dieta o tempo inteiro, mas é estilo de vida. Eu sou muito feliz
fazendo isso, porque eu me olho no espelho e me sinto satisfeita com o
que eu estou vendo", diz. E o preconceito com as meninas que têm
um corpo mais definido, com músculos e nenhuma gordura parece ter
diminuído. Segundo Atayanne Araújo, a mídia tem ajudado a desmistificar o
que antes era visto como um corpo masculinizado. "Às vezes as meninas
têm vontade e ficam meio reprimidas, mas são poucas as pessoas que ainda
falam que não gostam. O preconceito realmente está se extinguindo. No
geral todo mundo fala bem, todo mundo comenta, admira, é uma
satisfação", comenta.
Fonte: Diário de Natal
Nenhum comentário:
Postar um comentário