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domingo, 2 de setembro de 2012

Clube das saradas


Fotos: Carlos Santos/DN/D.A Press
Já imaginou uma fábrica de mulheres saradas? Um lugar onde se deixa de lado o sedentarismo na busca por um corpo bonito e saudável? Pois ele existe. A má notícia é que não é aberto ao público. São quase 20 meninas suando diariamente a camisa e abdicando de tudo quanto é guloseima para esculpir o corpo e deixar de lado o preconceito com com a silhueta sarada, que já foi demonizada por muitos. A ideia do espaço surgiu na década de 1980, ma só foi colocada em prática com tudo o que era desejado há um ano e meio pelo professor de Educação Física Roberto Di Le Llo. "O sonho de realizar hardcore só pode ser realizado depois de 26 anos, porque poucas pessoas tinham interesse e o custo era um empecilho", diz o treinador. O estilo Hardcore de treinamento, segundo conta Di Le Llo, traz influência da década de 70, o nome era utilizado pelos militares e demonstrava a ideia de ser casaca grossa, grosseria, ser contundente e era utilizado pelos atletas que treinavam em locaisidentificados como undergrounds, casa de porões.

"Meus pais não concordavam com um estilo de vida tão radical, mas meu corpo foi mudando e hoje me sinto satisfeita com o meu corpo". Janaína Leão - atleta
Os conceitos foram adaptados para a atualidade, as lojas de suplementos alimentares ganharam espaço e em Natal, o grupo 100% Larissa Reis foi pioneiro. Vale lembrar que a atleta e modelo fitness é sócia do local, que de acordo com Di Le Llo foi todo inspirado nela. E como o próprio nome sugere, o treinamento não é fácil. Aliás, é muito mais que isso. É um novo estilo de vida, como define a atleta Janaína Leão. Ela treina desde a adolescência e disse que começou a praticar musculação porque se achava muito magra e gostou da atividade. Mas nunca tinha recebido as orientações corretas. Está no treinamento Hardcore há 1 ano e 10 meses porque as orientações do treinador começaram antes do espaço existir.  "Tive problemas dentro de casa porque meus pais não concordavam com um estilo de vida tão radical, mas meu corpo foi mudando e eu fiquei cada vez mais acostumada com tudo. Muita gente diz que é sacrificante ficar fazendo dieta o tempo inteiro, mas é estilo de vida. Eu sou muito feliz fazendo isso, porque eu me olho no espelho e me sinto satisfeita com o que eu estou vendo", diz. E o preconceito com as meninas que têm um corpo mais definido, com músculos e nenhuma gordura parece ter diminuído. Segundo Atayanne Araújo, a mídia tem ajudado a desmistificar o que antes era visto como um corpo masculinizado. "Às vezes as meninas têm vontade e ficam meio reprimidas, mas são poucas as pessoas que ainda falam que não gostam. O preconceito realmente está se extinguindo. No geral todo mundo fala bem, todo mundo comenta, admira, é uma satisfação", comenta.

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Fonte: Diário de Natal

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