Adriano Abreu
Nazarenão recebeu liberação temporária e terá de ser reformado
As
articulações iniciaram ainda em novembro de 2011, quando o clube
conquistou o acesso para Série B e, ciente da necessidade da adequação
do estádio de Goianinha para receber os jogos da Série B, os dirigentes
começaram a se articular junto as pessoas ligadas ao governo do estado. O
trabalho de bastidores também contava com a participação do prefeito de
Goianinha, Júnior Rocha, e envolveu ainda o deputado federal Henrique
Alves, que estreitou o caminho dos representes potiguares até o
ministério do Esporte que, de imediato, colocou à disposição do projeto
R$ 800 milhões. Exatamente a metade do total do convênio firmado com o
mistério para ampliação da capacidade de público do Nazarenão. Na
verdade, frente ao empenho das autoridades locais em busca de uma
solução para o problema e por saber que a burocracia para liberação das
verbas seria o principal entrave para o projeto, a CBF, através do seu
diretor de competições Virgílio Elísio, liberou o estádio Nazarenão para
ser usado apenas durante o primeiro turno da série B. Ela estabeleceu
um prazo de 110 dias para que as melhorias exigidas no regulamento sejam
implementadas pois, caso contrário, a diretoria do América terá de
indicar uma nova praça para abrigar os jogos do clube pelo segundo turno
do Brasileirão. "É um momento de avaliação. Desde a Série C que
procuramos os órgãos competentes e conseguimos 110 dias para resolver o
que não foi feito em 150 dias. Precisamos que os órgãos governamentais
tenham a noção do que seja um clube ter que jogar em outro estado por
não ter estádio. A CBF teve bom-senso de prorrogar nosso prazo para que a
cidade-sede da Copa de 2014 não fosse prejudicada, mas precisamos
correr com as verbas", salientou o presidente do América, Alex Padang. A
decisão parcial, não foi a que o dirigente aguardava, tanto que ele
chegou a brincar com a situação: "As autoridades ganharam um prazo e eu
ganhei uma dor de cabeça". Passados 10 dias da contagem regressiva
estabelecida por Virgílio Elísio, foram providenciadas logo algumas
melhorias no setor de cabines de imprensa, uma das maiores exigências
realizadas pela CBF devido ao seu contrato com a TV que transmite a
competição. Como a decisão foi política, levando em consideração
que o problema está diretamente relacionando com o projeto de Natal para
receber a Copa do Mundo, o América passou a conviver também com a
ameaça dos adversários. O Goiás, junto com a Federação Goiana de
Futebol, ameaçou provocar o STJD e questionar a "afronta" realizada ao
regulamento da competição com a liberação do Nazarenão. O
vice-presidente jurídico do alvirrubro, Klebet Cavalcanti, alertou que
neste caso clube e entidade não estariam comprando briga com o América,
mas sim com a CBF, que iria responder pelo ato no Superior Tribunal de
Justiça Desportiva."Poderíamos entrar na questão apenas com parte interessada. Quem quiser questionar algo terá de ser resolver com a CBF, que tem poderes para conceder esse tipo de liberação", explicou Klebet Cavalcanti.
Fonte: Tribuna do Norte
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