O
interventor do Baraúnas, Damásio Medeiros, informou que o clube segue
trabalhando forte para sair da situação em que se encontra. A
contabilidade está organizada, uma parte da alta divida trabalhista já
foi quitada, mas mesmo assim não há certeza de o futebol profissional do
time retomar suas atividades neste ano. Com seis meses de trabalho, a intervenção no clube já colhe bons frutos. “O
Baraúnas caminha a passos a largos, o clube hoje tem uma contabilidade
organizada, entregando todas suas responsabilidades fiscais mês a mês, e
com um CNPJ ativo como determina a lei.
Damásio informou que o Baraúnas minimizou as dívidas em 35% |
Na parte administrativa, as
ações são feitas no tocante a resolver problemas financeiros, tomando
decisões pontualmente, solucionando as mesmas. Hoje, o Baraúnas já
minimizou muitas dívidas, algo em torno de 35%”, informou Damásio, sem
detalhar valores já pagos e outros por resolver sobre as ações
trabalhistas, que o clube sofre desde a década de 90. O
dinheiro para quitar as contas advém do quadro de associados do clube e
ações para levantar recursos como venda de camisas, eventos na Toca do
Leão e rifas. Esse trabalho é desempenhado pelo grupo de interventores,
liderado por Damásio. A
Justiça estendeu o prazo da intervenção, mas essa intervenção poderá
acabar em maio, após a realização das eleições para definir o Quadro
Direito do tricolor. “Tem
uma eleição marcada, salvo engano, para maio. Os sócios estão ativos,
pagando ao clube, e são eles que participam do pleito com o exercício do
voto. Se houver mais gente interessada em participar, nos procure,
estamos a disposição para recebê-los e efetivá-los para que a gente
consiga tirar o Baraúnas dessa situação”, informou Damásio. Sobre
o retorno do time profissional aos gramados, o que ocorrerá através da
segunda divisão por ter sido rebaixado ano passado, o interventor do
Baraúnas é enfático ao defender o regresso após a quitação total dos
débitos. “Eu
defendo que o Baraúnas volte quando estiver zerado com suas dívidas. Os
empresários, que participam com a gente nas reuniões, utilizam essa
estratégia na empresa deles, e a gente está empregando isso aqui no
clube. Se a empresa está endividada, ela tem que zerar suas contas para
depois partir para as ações, se ela está endividada e faz as ações ao
mesmo tempo, isso vai gerar outras dividas, ai se transforma em uma
‘bola de neve’. Defendo sim, que o clube só volte quando as contas
estiverem zeradas”, disse, veemente. “Vejo
o torcedor dizer, até alguém da imprensa, também alguns outros mais
chegados em ajudar o clube, ora qual o clube que não deve? Lógico,
muitos devem e outros, não. Mas os que devem, são clubes com dividas
administráveis, o que não é o caso do Baraúnas. Um exemplo: Paulo
Henrique Ganso veio para o Fluminense, o clube está com três meses de
salários atrasados, mas o cara vem, pois sabe que um dia vai receber, e
no caso do Baraúnas, o cara sabe que não vai receber, pois o clube está
afundado em dividas, isso é uma realidade, todos já sabem. O Baraúnas
tem é que sair dessas dividas para depois pensar contrair outras, senão
se torna como já disse uma bola de neve, e terminando por piorar ainda
mais a situação”, concluiu.
Fonte: Blog do Marcos Santos/Foto: Reprodução TCM
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