Aos 21 anos, ele já era campeão do Mundial de Clubes da Fifa em 2000,
 bicampeão brasileiro de 1998 e 99 e do Campeonato Paulista  vestindo a 
camisa 2 do Corinthians. Depois de rodar por vários clubes, alguns 
países e não conseguir se firmar, Índio é o nome de peso anunciado pelo 
Palmeira-RN para a disputa do Campeonato Potiguar. Para 
mim, é um orgulho muito grande estar aqui no Palmeira e eu quero pedir 
para que o torcedor compareça aqui ao estádio. Em todos os clubes que 
estou passando, tenho deixado minha marca de levantar troféus e vim para
 o Palmeira para isso -  destaca. Apesar dos 36 anos de idade,
 Índio mantém a boa forma. O atleta pouco se lesiona e atribui à 
garrafada - bebida feita geralmente por curandeiros - de Alagoas o 
segredo da vitalidade e força física. O segredo é a 
garrafada que a gente faz. É boa demais. Vem lá de Alagoas. Tem que ser a
 de lá. Nessa garrafada, você coloca a raiz da maconha, casca de madeira
 Imburana, vai tudo para a garrafada. É o que dá força - revela.
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| (Foto: Carlos Cruz/GloboEsporte.com) | 
As
 lembranças da época de Corinthians não se apagam da memória do atleta. 
Até hoje ele mantém contatos frequentes com o meia Souza, ídolo do 
América-RN, e com o volante Vampeta, os melhores amigos que fez no 
Timão. Vampeta e Gilmar Fubá eram os mais engraçados e contadores de 
causos nos bastidores daquele time. Ele conta que a resenha de vestiário
 mais marcante daquela equipe foi quando o volante colombiano Fred 
Rincón, em meio a uma discussão de jogo, pegou o meia Marcelinho Carioca
 pelo pescoço. Jogar no Corinthians, naquela época com 20 
anos, foi muito bom. A gente só é lembrado no futebol se ganhar títulos e
 no Corinthians eu sou lembrado por isso. Tudo o que eu tenho na minha 
vida eu devo ao Corinthians. Uma resenha que eu lembro sempre é do 
Rincón com o Marcelinho, que o Rincón pegou ele pelo pescoço lá dentro 
da concentração. Essa foi a maior resenha que teve, mas depois daquele 
momento todo se reuniu e ficou amigo. Não teve mais briga nenhuma - 
lembra.
  
Há 16 anos, Índio foi campeão do Mundial de Clubes com
o Corinthians no Maracanã (Foto: Agência Estado)
Dá a camisa 10 para ele
Índio é o homem de confiança do técnico Marcos Ferrari dentro do 
campo. A liderança e experiência já levaram os dois a trabalharem juntos
 em outros três clubes, antes de chegarem ao Verdão. - Eu trouxe 
ele pro Palmeira porque é um atleta que já conheço faz tempo, sempre me 
passou confiança e é um cara de grupo também. Foi campeão onde passou, 
tem uma história bonita e vai ser uma liderança nesse grupo novo conta
 Ferrari. O jogador tem atuado no meio-campo, como volante ou 
meia pelo lado direito, mas se tiver que jogar na lateral, ele não se 
recusa. Se o professor optar, faço a lateral também. Vendo os laterais jogar 
hoje, eu não fico por baixo. Tenho 36 anos e me concentro bastante para 
jogar, trabalho muito, descanso bastante, faço regime e dentro de campo 
jogo onde o professor colocar, na lateral ou na meia - conta Índio. Ele ainda quer seguir atuando por algum tempo e já sabe o que quer fazer quando pendurar as chuteiras. Pretendo jogar mais uns dois ou três anos. Estou bem fisicamente. E, 
quando parar, pretendo montar uma escolinha de futebol e trabalhar com 
uma garotada. A cidade de Goianinha é muito boa e também gostei muito de
 Natal. Tem um clima muito bom. Quem sabe eu não fique por aqui mesmo, 
né?! - afirma.
A estreia do experiente jogador diante da 
torcida do Verdão deve acontecer na segunda rodada do Campeonato 
Potiguar, quando o Palmeira-RN recebe o Potiguar de Mossoró no Estádio 
Nazarenão, em Goianinha. O jogo está marcado para o dia 27, às 20h.
Por Carlos CruzGoianinha,RN
 
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