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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Aos 36 anos, Índio atribui vitalidade a garrafada que tem raiz da maconha

Aos 21 anos, ele já era campeão do Mundial de Clubes da Fifa em 2000, bicampeão brasileiro de 1998 e 99 e do Campeonato Paulista  vestindo a camisa 2 do Corinthians. Depois de rodar por vários clubes, alguns países e não conseguir se firmar, Índio é o nome de peso anunciado pelo Palmeira-RN para a disputa do Campeonato Potiguar. Para mim, é um orgulho muito grande estar aqui no Palmeira e eu quero pedir para que o torcedor compareça aqui ao estádio. Em todos os clubes que estou passando, tenho deixado minha marca de levantar troféus e vim para o Palmeira para isso -  destaca. Apesar dos 36 anos de idade, Índio mantém a boa forma. O atleta pouco se lesiona e atribui à garrafada - bebida feita geralmente por curandeiros - de Alagoas o segredo da vitalidade e força física. O segredo é a garrafada que a gente faz. É boa demais. Vem lá de Alagoas. Tem que ser a de lá. Nessa garrafada, você coloca a raiz da maconha, casca de madeira Imburana, vai tudo para a garrafada. É o que dá força - revela.
(Foto: Carlos Cruz/GloboEsporte.com)
As lembranças da época de Corinthians não se apagam da memória do atleta. Até hoje ele mantém contatos frequentes com o meia Souza, ídolo do América-RN, e com o volante Vampeta, os melhores amigos que fez no Timão. Vampeta e Gilmar Fubá eram os mais engraçados e contadores de causos nos bastidores daquele time. Ele conta que a resenha de vestiário mais marcante daquela equipe foi quando o volante colombiano Fred Rincón, em meio a uma discussão de jogo, pegou o meia Marcelinho Carioca pelo pescoço. Jogar no Corinthians, naquela época com 20 anos, foi muito bom. A gente só é lembrado no futebol se ganhar títulos e no Corinthians eu sou lembrado por isso. Tudo o que eu tenho na minha vida eu devo ao Corinthians. Uma resenha que eu lembro sempre é do Rincón com o Marcelinho, que o Rincón pegou ele pelo pescoço lá dentro da concentração. Essa foi a maior resenha que teve, mas depois daquele momento todo se reuniu e ficou amigo. Não teve mais briga nenhuma - lembra.
Corinthians Mundial 2000 (Foto: Agência Estado) 
Há 16 anos, Índio foi campeão do Mundial de Clubes com
o Corinthians no Maracanã (Foto: Agência Estado)
Dá a camisa 10 para ele
Índio é o homem de confiança do técnico Marcos Ferrari dentro do campo. A liderança e experiência já levaram os dois a trabalharem juntos em outros três clubes, antes de chegarem ao Verdão. - Eu trouxe ele pro Palmeira porque é um atleta que já conheço faz tempo, sempre me passou confiança e é um cara de grupo também. Foi campeão onde passou, tem uma história bonita e vai ser uma liderança nesse grupo novo conta Ferrari. O jogador tem atuado no meio-campo, como volante ou meia pelo lado direito, mas se tiver que jogar na lateral, ele não se recusa. Se o professor optar, faço a lateral também. Vendo os laterais jogar hoje, eu não fico por baixo. Tenho 36 anos e me concentro bastante para jogar, trabalho muito, descanso bastante, faço regime e dentro de campo jogo onde o professor colocar, na lateral ou na meia - conta Índio. Ele ainda quer seguir atuando por algum tempo e já sabe o que quer fazer quando pendurar as chuteiras. Pretendo jogar mais uns dois ou três anos. Estou bem fisicamente. E, quando parar, pretendo montar uma escolinha de futebol e trabalhar com uma garotada. A cidade de Goianinha é muito boa e também gostei muito de Natal. Tem um clima muito bom. Quem sabe eu não fique por aqui mesmo, né?! - afirma.
A estreia do experiente jogador diante da torcida do Verdão deve acontecer na segunda rodada do Campeonato Potiguar, quando o Palmeira-RN recebe o Potiguar de Mossoró no Estádio Nazarenão, em Goianinha. O jogo está marcado para o dia 27, às 20h.
Por Goianinha,RN

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