Promotor de Brasil x Argentina presta depoimento após denúncia de ‘calote’ em hotel
O Desafio Internacional de Futebol Brasil x Argentina terminou no
domingo, mas ainda repercute em Natal. Após a série de ausências de
jogadores no amistoso, a presença de um “sósia” do argentino Caniggia em
campo, agora o evento ganha as páginas policiais. O empresário André
Luiz de Paula Moreira da Silva, diretor da Agência Fênix Sports, será
alvo de inquérito pelo suposto “calote” aplicado em um hotel da Via
Costeira. Carioca André de Paula chegou a entrar em campo pelotime do Brasil (Foto: Wellington Rocha)
O suspeito foi ouvido nesta tarde na Delegacia Especializada de
Defraudações e Falsificações, no bairro do Alecrim. O hotel em que se
hospedaram as duas seleções e o empresário junto a sua família reclama
uma dívida de R$ 40 mil deixada por ele. Segundo informou o chefe de
investigações da delegacia, João Xavier, André de Paula da Silva teria
pago antecipadamente as despesas no valor de R$ 20 mil com um cheque. Nesta quinta, o banco informou a falta de “fundos” e funcionários do
hotel fizeram a denúncia. Policiais militares encaminharam André para a
delegacia, onde foi ouvido e liberado em seguida pela ausência do
flagrante e de um mandado de prisão contra ele. Não há registros de
outros delitos em seu nome. A identidade do empresário, entretanto, não pôde ser confirmada por
problemas no sistema de consulta. Chamou atenção dos policiais o fato de
o pagamento feito ao hotel ter sido feito com um cheque de uma terceira
pessoa, cuja proprietário foi classificado como “amigo” pelo próprio
André. Entretanto, questionado sobre o nome, endereço e telefone, ele
disse não saber informar. Ainda não há confirmação se o processo seguirá para a 15ª Delegacia
de Polícia Civil, em Ponta Negra, ou se continuará sob a
responsabilidade da Delegacia de Defraudações que normalmente investiga
casos relacionados a valores superiores a 30 salários mínimos ou pouco
mais de R$ 21 mil. Como o prejuízo alegado pelo hotel é de R$ 40 mil, o
destino do inquérito deve ser definido nesta sexta-feira. O empresário deve ser indiciado por estelionato, crime cuja pena vai
de um a três anos de reclusão. Pela característica do crime, caso seja
considerado culpado, ele deve responder em regime semiaberto ou com
penas alternativas.
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