Luan Xavier, escritor da biografia de Marinho Chagas (Foto: Ferreira Neto)
Com a morte do ídolo Marinho Chagas, neste domingo,
se faz necessária uma homenagem que pelo menos ajude a permanecer viva a
memória do eterno lateral-esquerdo da seleção brasileira. Em Natal, o
jornalista Luan Xavier vem reunindo histórias para lançar ainda este ano
a biografia "A Bruxa - os dois lados de Marinho Chagas". O
escritor confirma o que muitos dos amigos mais próximos do ex-jogador
denunciam, de que a cidade natal de Marinho Chagas não valorizara sua
trajetória no futebol. Natal virou as costas para Marinho.
No Rio ele é um Deus, e em São Paulo ele é um mito. Em minha viagem ao
Rio para fazer pesquisa, encontrei um torcedor do Botafogo que mantém um
memorial só com imagens e objetos sobre ele. Qualquer carioca que você
perguntar vai falar bem dele. Na própria sede do Botafogo tem tudo sobre
ele, coisa que em Natal não tem - disse. Luan, que tem apenas
23 anos, afirma que a ideia da biografia surgiu ainda na faculdade,
onde escreveu um e-book como trabalho de conclusão do curso de
jornalismo. Segundo o jornalista, o ex-atleta sabia de seu trabalho e o
apoiava na criação da biografia. O objetivo da biografia é que os
leitores possam conhecer não só o Marinho jogador, mas também sua vida
pessoal, incluindo a luta contra a bebida e os problemas familiares. O
objetivo é mostrar todos os lados de Marinho. A educação dos filhos à
distância, as dificuldades da vida dele, os problemas com bebida. As
pessoas faziam muita piada com esse problema. Ele era muito evasivo em
respostas e nunca assumiu publicamente que isso fazia mal, mas a família
reclamava que isso causava muita dor a ele - contou.
Biografia de Marinho Chagas escrita por Luan Xavier será
lançada no fim do ano (Foto: Ferreira Neto/GloboEsporte.com)
Ainda
de acordo com o autor da biografia, Marinho dizia que não queria
receber homenagens após sua morte. "A Bruxa - Os dois lados de Marinho
Chagas" deve ser lançada no fim do ano. Ele falava que não
queria homenagem após a morte. Dizia que o que tivesse que ser feito por
ele, teria que ser feito em vida. O grande sonho dele era ser
consagrado em sua própria terra. Infelizmente, não aprendemos a
valorizar nossa história. Não acho justo não ter algo que eternize o
maior nome do esporte da nossa terra. Marinho merece esse livro, e é a
forma que encontrei de eternizá-lo - finalizou Luan.
Por Ferreira Neto *Natal
* Com supervisão de Augusto Gomes.
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