O confronto entre Paysandu e ABC, agendado para a terça-feira(22/10),
não deverá ocorrer no estádio Leônidas Sodré de Castro, a conhecida
“Curuzu”, onde a equipe paraense mandou os jogos na série B deste ano.
Devido aos incidentes na partida entre o Papão e Avaí, que terminou com a
interrupção do jogo aos 35 minutos do segundo tempo e vitória dos
catarinenses, a própria diretoria do Paysandu disse o mais prudente é
realizar a partida no estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão. Pressionado
por estar no Z-4, o Paysandu mediu forças com o Avaí, mas não foi páreo
para os visitantes. No jogo, a equipe de Santa Catarina marcou abriu 2 a
0 no placar aos 30 minutos do segundo tempo. A partir daí, o caos tomou
conta da Curuzu. Torcedores, que já atiravam objetos contra o banco dos
visitantes, direcionaram a frustração também aos atletas do Paysandu e
promoveram quebra-quebra no estádio. Houve ameaça de invasão e bombas
chegaram a ser atiradas no gramado. Com os jogadores acuados no centro
do gramado, a Polícia Militar paraense precisou intervir. Eles usaram
cassetetes e spray de pimenta para controlar o grupo que tumultuou a
partida, sem sucesso. Sem segurança, o árbitro central da partida,
Grazianni Maciel da Rocha, decidiu interromper a partida aos 35 minutos
do segundo tempo e declarar o Paysandu vencedor. Na súmula, o árbitro
detalhou o episódio.
Thiago Gomes / Futura Press
Torcedores jogaram objetos e promoveram quebra-quebra
O
árbitro justificou a interrupção afirmando que foram atiradas pedras,
copos e laranjas contra membros da comissão técnica e jogadores do Avaí.
O jogo chegou a ser reiniciado após paralisação de três minutos para
que fosse procedido o controle da situação por parte dos policiais.
Porém, segundo o árbitro, a partida precisou ser suspensa porque ocorria
“uma briga generalizada na arquibancada da torcida do Paysandu, onde os
mesmos subiam no alambrado e ameaçavam adentrar ao campo de jogo,
arremessando bombas, copos, garrafas, isqueiro, maçã, laranja, chinelo e
pedras e, utilizaram sinalizadores”. O árbitro aguardou 12 minutos e,
como não houve a garantia de que a partida poderia prosseguir”. Após a
partida, o vice-presidente do Paysandu, Sérgio Guerra, comentou a
situação e disse que é provável uma punição severa ao clube devido ao
comportamento da torcida. No entanto, apesar de não ser provável a
interdição da Curuzu antes do confronto com o ABC, a diretoria do clube
já entende que não é viável a realização do jogo no estádio, que tem
capacidade para aproximadamente 16 mil torcedores. “O que nós vimos
aqui, para mim, foi um problema de segurança pública e o bom senso
recomenda que a partida contra o ABC seja no Mangueirão”, disse Guerra.
Fonte: Tribuna do Norte
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