Magnus Nascimento
Sem perder tempo, Alexandre Guerreiro já vou a dar aulas
para os agentes da Polícia Federal
A
vida de Alexandre começou a mudar em 2012, poucos dias antes do
aniversário de 10 anos de Maria Clara. Até então, a família não
desconfiava de que a garota poderia estar doente e nem escutavam
reclamações da filha. Foi quando a menina foi ao médico fazer exames de
rotina e a má notícia teve que ser dada aos pais: Clara estava com
leucemia e, pelo estágio da doença, ela teria que ser internada de
imediato para iniciar o tratamento para combater o câncer. De início, a
filha de Alexandre iria ficar apenas uma semana internada, mas, o
tratamento teve que ser mais demorado e ela ficou cerca de 50 dias
dentro de um hospital particular. “Foi um momento muito complicado na
nossa vida. Até então, a Maria Clara era uma menina saudável e de uma
hora para outra tudo mudou. Tivemos que nos adaptar a uma nova realidade
de vida e todo dia é uma luta. Graças a Deus ela está se recuperando
bem e deixou o hospital essa semana. Está em casa se recuperando”,
revela Alexandre. De lá para cá, o professor de jiu-jitsu vem
combatendo suas principais lutas fora do tatame: recuperação da filha e
também recuperação profissional e pessoal que, obviamente, ficaram em
segundo plano para o tratamento de Maria Clara. Ele teve que fechar a
academia que dava aula, a Combate Real e suspender as aulas que dava
para os agentes da Polícia Federal. Além disso, os cursos para o
Batalhão de Operações Especias (Bope) e Bombeiros, também tiveram que
ser suspensos. Aos poucos ele vai retornando a antiga rotina de treinos e
lutas.
Adriano Abreu
O professor de jiu-jitsu ficou um ano afastado dos tatames
“Vamos
retomando, aos poucos, a antiga rotina. Voltei para a academia, estou
dando aulas ao pessoal da polícia federal, mas, sempre com a cabeça na
minha filha. É trabalhando e com o ouvido atento para o celular, já que
podem chegar notícias a qualquer momento”, diz o professor de jiu-jitsu. Mas,
nos momentos mais difíceis durante o tratamento de Maria Clara, foi
quando Alexandre Guerreiro descobriu quem são os verdadeiros amigos. E a
ajuda veio de todas as partes, uma alegria para ele e para sua filha.
“Conheci os verdadeiros amigos, que ficaram ao meu lado. O pessoal da
academia ajudou, os agentes da polícia federal ajudaram. Quero agradecer
a todos eles, ao Bope, a Associação dos Bombeiros Militares, a academia
Combate Real, a minha família e a médica Edvi Serafim, que desde o
começo está com a gente, cuidando da Maria Clara”, emociona-se.Fonte: Tribuna do Norte
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