Divulgação
Sem
uso há vários anos, o setor das quadras e piscinas do América,
na
Rodrigues Alves, será ocupado por um condomínio residencial
e um
empreendimento comercial
A negociação vinha se arrastando há um
ano, tendo iniciado ainda na administração do ex-presidente Clóvis
Emídio e contado com o aval do conselho deliberativo americano. O
negócio só foi fechado agora porque o clube estava pendente com algumas
certidões negativas, problema só solucionado na atual administração. Os
recursos em espécie foram divididos em várias parcelas, o planejamento
inicial era utilizar as mesmos para começar a construção da Arena do
Dragão. Porém, como vinha atravessando uma crise financeira das mais
graves, o clube teve de utilizar boa parte dos recursos para quitar
dívidas trabalhistas, bem como pagar o salário do elenco que disputou a
série C do Brasileiro e que acabou conquistando o acesso. O
presidente do conselho deliberativo, José Rocha, comemorou o fechamento
do negócio. Ele disse que a parte permutada com a construtora dará
condição ao América de se tornar um clube auto sustentável a partir de
2014, o que não vinha conseguindo ser há muito anos, depois que a vida
social dos clubes no Rio Grande do Norte perdeu o glamour. "Nós passamos
uma fase de aperto financeiro muito grande, mas conseguimos sobreviver.
Acredito que o presidente que assumir o destino do América a partir de
2014, não passará mais por esse mesmo sufoco", destacou o dirigente. O
América vai contar com espaços nas duas torres, além de um prédio de
estacionamento rotativo, com capacidade para abrigar até 300 automóveis.
Tudo isso numa das área consideradas mais nobres de Natal. Essas
vantagens pesaram na aprovação do negócio dentro do conselho
deliberativo. "Com os imóveis que a construtora irá nos repassar,
a previsão é que o América passe a arrecadar em torno de R$ 400 mil
mensais. Por isso, tenho a convicção de que os problemas financeiros com
que os ex-presidentes conviveram, irão acabar durante um bom período",
disse José Rocha. Da parte da empresa, o diretor executivo da
Constel, Francisco Ramos, afirmou que as obras devem começar apenas no
primeiro semestre de 2013 e que o salão nobre da sede social não sofrerá
nenhuma alteração. "Fizemos uma transação que envolve uma quantia em
dinheiro, como também permuta. Vamos ceder algumas salas comerciais e
vagas de estacionamentos ao América e ficaremos com parte do terreno,
que hoje em dia compreende as piscinas e as quadras. Não iremos mexer na
parte de cima da sede, onde está o salão principal", antecipou Ramos. O
ex-presidente Jussier Santos confirmou que a quantia em dinheiro,
acabou parcialmente utilizada para quitar alguns débitos, ressaltando
que não houve qualquer obstáculo dos conselheiros a negociação. "Numa
decisão inicial, a parte em dinheiro deveria ser usada para iniciar a
construção do nosso estádio, mas como existiam dívidas acumuladas, a
verba foi usada para resolver os problemas mais emergentes", recorda
Jussier. José Rocha alerta que os torcedores não devem encarar a
transação como venda do patrimônio. "Nós não estamos vendendo nada,
estamos apenas agregando valora nossa sede que voltará a render recursos para o clube", frisou o presidente do conselho.
Fonte: Tribuna do Norte
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