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terça-feira, 22 de novembro de 2011

É assim que receberemos a Copa?


Truculência da PM transformou o pré-jogo numa praça de guerra. Imprensa foi intimidada, torcedores foram espancados e vítimas de vários tiros com balas de borracha na entrada do estádio Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press Tiros, bombas, pessoas feridas, crianças e idosos chorando: uma cena de guerra.
O pré-jogo de América e Paysandu no Nazarenão de nada foi condizente à festa promovida após o apito final. Ao contrário disso, o que se viu foi a ação de vândalos travestidos de torcedores e o total despreparo - unânime entre os presentes - da polícia para evitar que uma praça esportiva se transformasse de uma praça de guerra, o que aconteceu. Depois do ocorrido, com incontáveis pessoas feridas - a polícia não informou, nem as equipes médicas souberam precisar a quantidade de pessoas feridas -, uma pergunta é inevitável: estamos preparados para receber a Copa? Estava tudo avisado. A torcida do Paysandu iria marcar presença no Nazarenão, afinal chegou a Natal juntamente com a delegação do time bicolor para o jogo decisivo em Goianinha. Por volta das 14h30, um ônibus com torcedores visitantes se aproximou do estádio, o que provocou euforia e hostilidades por parte dos torcedores que se encontravam ainda do lado de fora do estádio.A partir daí, sem conseguir conter a ação isolada de vândalos, a polícia decidiu descontar em todo mundo e tiros de borracha foram disparados aleatoriamente em meio à multidão. "Eu não tinha nada a ver. Estou aqui com meu pai, sou sócio do América, venho a todos os jogos e levei um tiro. Ainda bem que era de borracha", disse um torcedor, que não quis ser identificado. O pior ainda estava por vir. No momento em que nada menos que cinco policiais espancavam um único torcedor, a repórter fotográfica do Diário de Natal, Ana Amaral, começou a fazer registros do ocorrido até ser impedida e intimidada com uma arma por um policial militar. "Eu comecei a fazer as fotos e ele começou a me gritar, mandando eu me afastar e parar de fazer fotos. Eu me identifiquei como repórter, disse que era da imprensa, mas ele disse que não queria saber de nada de imprensa e apontou a arma para a minha cabeça", relatou. O comandante da PM, coronel Araújo, destacou que apesar da situação do policial em um momento de tumulto esteja acompanhado de tensão, o fato não justifica a ação." Iremos apurar o que realmente aconteceu e se confirmado, tomaremos as providências, principalmente, por esse tipo de conduta não fazer parte da Polícia Militar", prometeu o comandante geral da PM.
Fonte: Diário de Natal

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