O ESPORTE DE ASSU E REGIÃO, OBRIGADO PELA VISITA

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Educação física está sem espaço na escolas

A exemplo do que acontece nas escolas da rede estadual, a disciplina de educação física tem sofrido com a falta de espaços adequados para a prática de atividades esportivas também nas escolas municipais de Natal. Apesar do Ministério Público ter feito recomendações específicas à Secretaria Estadual de Educação, conforme reportagem publicada na edição de ontem do Diário de Natal, a situação nas escolas municipais, também pode comprometer o nível de aprendizagem dos alunos, pois muitos estabelecimentos não têm um espaço reservado nem equipamentos para o exercício da atividade, exigindo esforço e criatividade daqueles professores que cumprem a carga horária. A reportagem fez ontem um percurso junto a algumas escolas municipais para verificar a falta de espaço para a prática da educação física e o que constatou foi um verdadeiro descaso com a disciplina nos primeiros anos do ensino fundamental. De três escolas visitadas, em duas delas não havia quadra e nem outro local destinado à educação física ou lazer. Em outra, a quadra simplesmente está interditada há quase três anos e sem nenhuma perspectiva de voltar a funcionar. Na Escola Municipal Chico Santeiro, no bairro Nordeste, os alunos têm que fazer educação física em um pequeno salão, medindo aproximadamente 6x4 metros, no átrio do estabelecimento, em um local que serve até de refeitório. Sem contar com muito espaço para se expandir horizontalmente, a escola nos seus 17 anos de existência, cresceu apenas para cima. Possui três pavimentos com sete salas de aula e um anexo, convivendo como pode com a carência de espaço físico para cerca de 600 alunos do ensino fundamental e mais 563 da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A falta de uma quadra tem exigido criatividade da professora Daliane Lopes que dá aulas a uma média de 27 alunos por turma. Ela abriu mão do rigor de algumas atividades esportivas e aderiu à improvisação. A antiga bola de meia é o instrumento mais utilizado por ela para evitar acidentes aos alunos por causa do espaço ser em frente à cozinha. "Estou trabalhando com pula corda, elástico e corrida de saco que são formas de estímulo a habilidades básicas como equilíbrio, resistência e força física", explica a professora, para quem a falta de espaço não justifica um professor deixar de dar aulas porque existem meios alternativos para vencer o problema.A Escola Municipal Potiguassu, na comunidade beira-rio, bairro de Igapó, na zona Norte, apesar dos 70 anos de existência, também tenta vencer a carência de espaço para atividades de educação física. O fato de não existir quadra na escola foi o suficiente para a Secretaria Municipal de Educação não encaminhar professor da disciplina. Mas a escola não desistiu e improvisou um pequeno espaço nos fundos do estabelecimento com dimensões aproximadas de 5 metros de largura por 9 de comprimento, onde está fazendo torneios de futebol com seus 278 alunos do ensino fundamental. O material como bola, uniforme e tênis veio por empréstimo de outras escolas. E para a bolanão cair na vizinhança, os professores improvisaram uma rede lateral e superior na quadra. Já na Escola Municipal Palmira de Souza, no conjunto Santa Catarina, na zona Oeste, a quadra de esporte está interditada pelo Corpo de Bombeiros há três anos devido à destruição do teto pela ação do vento. As folhas de zinco de metade da quadra já se soltaram e oferecem perigo aos 530 alunos da educação infantil ao ensino fundamental. Com isso, os professores fazem alguma atividade física no pátio da escola, em área de piçarro e os alunos do Programa Mais Educação se utilizam de um galpão situado ao lado da quadra.
Fonte:DN Online/Esporte Amador

Nenhum comentário:

Postar um comentário