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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Em meio a incertezas e à espera do presidente, Alecrim festeja 99 anos


Washington Fernandes e Anthony Armstrong, vice-presidente e presidente do Alecrim (Foto: Gabriel Peres)Washington Fernandes espera por volta de Anthony Armstrong. (Foto: Gabriel Peres)

Sem jogar uma partida oficial desde abril, o Alecrim comemora 99 anos de existência nesta sexta-feira e, apesar das incertezas que cercam o clube, a torcida alviverde sempre encontra motivos para festa. Uma missa será celebrada às 19h, na igreja de São Sebastião, no bairro do Alecrim, onde nasceu o Verdão. Uma feijoada também está marcada para o dia 24, a partir das 11h, na sede da Associação Comercial do Rio Grande do Norte, na Ribeira. O foco da diretoria e dos torcedores está mesmo em 2015, ano do centenário, no qual o clube disputará a Copa do Brasil. Após o bom Campeonato Potiguar deste ano, quando garantiu em campo a vaga para a Copa do Brasil, os jogadores tiveram os contratos encerrados e o departamento de futebol profissional fechou as portas. Atual campeão sub-20, tendo disputado a Copa São Paulo de Futebol Júnior em janeiro, o Alecrim também ficou fora das competições de base de 2014. A diretoria do clube resolveu conter gastos para investir no próximo ano. Essa pausa foi exatamente para contenção de custos e concentrar os recursos no nosso próximo projeto, que é fazer um time forte em 2015, quando iremos disputar a Copa do Brasil. A nossa meta é galgar uma vaga para a Série D e fazer uma boa campanha na Copa do Brasil - afirmou Washington Fernandes, vice-presidente do Verdão. O professor Normando Bezerra, torcedor-símbolo do Alecrim e um dos fundadores da Fiéis Esmeraldinos Radicais (Fera), lamenta o fato de não ver o time em atividade e espera que 2015 seja diferente e positivo para o Verdão. O último título estadual do Periquito foi conquistado em 1986. Depois disso, a principal conquista foi o acesso à Série C em 2009, mas acabou sendo rebaixado no ano seguinte e, desde 2010, não participa de uma competição nacional.  Um grande sonho, que eu estaria realizado e poderia até morrer depois, como brinquei com um amigo, é ver o Alecrim ser campeão. É um sonho acalentado há 28 anos por todos os torcedores. Esperamos também que tenhamos calendário o ano todo. Ficar sem ver o Alecrim jogar é muito ruim - declarou Normando Bezerra, apaixonado pelo Verdão há 50 anos.
Sem recursos
Os recursos ficaram escassos principalmente após o "sumiço" do presidente Anthony Armstrong-Emery, que não aparece no clube desde janeiro. O empresário inglês, que está no segundo mandato, foi o principal investidor do Alecrim nos últimos anos, mas reside atualmente na Itália, onde também comanda o Monza. A ausência, de acordo com a assessoria de Anthony, foi combinada com o conselho do clube e, mesmo fora do Brasil, ele não deixa de participar das decisões do Alviverde. Armstrong ficou conhecido por contratar reforços que despertaram a atenção da imprensa nacional, como o volante Ruy Cabeção, ex-Botafogo e Fluminense, o atacante Rico, ex-São Paulo e Náutico, e o meia holandês Stefano Seedorf, primo do craque Clarence Seedorf. Na sua gestão, também arrendou o Estádio Luiz Rios Bacurau, em São Gonçalo do Amarante, que, depois de ser revitalizado, passou a ser chamado de Ninho do Periquito, e deu apoio a outras modalidades, como o rugby e o MMA. A relação com Ruy Cabeção, porém, ficou estremecida no final de 2013, quando o jogador foi dispensado pelo clube. Desde então, o volante tenta na Justiça receber os salários atrasados. Recentemente, em vídeo postado em uma rede social, Ruy revelou que foi forçado a gravar um vídeo em que se dizia feliz no Verdão e que havia acontecido um mal entendido quando cobrou os valores devidos pela empresa de Armstrong.
Por Natal

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