Emanuel Amaral
Empresa responsável pelo controle do recebeu sinal positivo
do América e agora quer fechar acordo para ABC jogar na arena
O
ex-presidente Judas Tadeu, em cuja administração tornou realidade o
sonho da torcida abecedista de ver o clube construir o seu próprio
estádio, não teve acesso a proposta, mas já se colocou contrário a
qualquer tipo de negociação visando mudar o mando de campo abecedista. “Eu
vinha reclamando que a comissão responsável por analisar a proposta da
OAS não tinha enviado cópia do contrato aos conselheiros. Acho que eles
poderiam ter feito isso para que pudéssemos chegar na reunião do
próximo dia 10 já conhecendo o que está sendo oferecido” reclamou. “Mas
hoje (ontem) pela manhã o Sílvio Bezerra me ligou e disse que a primeira
proposta apresentada foi considerada irrisória e disse aos
representantes da empresa para formular uma melhor, para que pudesse ser
levada ao conselho”, afirmou Tadeu. O ex-presidente disse ainda
que não vê sentido em o ABC mandar jogos fora do Frasqueirão. “Quando
fomos construir o estádio vendemos o projeto como a redenção do ABC. Era
uma questão de honra ter a nossa própria casa e agora vai ficar difícil
convencer a nossa torcida que será melhor jogar fora do nosso estádio.
Eu sou contra e vou para reunião explicitar o meu ponto de vista”,
antecipa Judas Tadeu. Opinião idêntica possui o presidente do
conselho deliberativo do clube. Ivis Bezerra salienta que opina como
torcedor, mas não vê motivos para o clube assinar um contrato de longo
prazo se comprometendo a retirar nem que seja apenas alguns dos seus
jogos do Frasqueirão. “Sou contrário a essa medida. Nos
esforçamos muito para termos o nosso próprio estádio e não temos por que
nos comprometermos a mandar alguns jogos fora dele. A não ser que seja
um caso excepcional, a vinda de um grande clube e com promessa de uma
arrecadação espetacular, não acho necessário se promover tal mudança”,
argumenta Ivis. O dirigente acrescenta que o Frasqueirão é bom,
comporta um bom público e que ainda existe um plano de ampliação do
estádio que seria prejudicado no caso da assinatura desse contrato. Questões
como o repasse do controle do projeto de sócio-torcedor para a OAS, bem
como a limitação da venda de cadeiras cativas do estádio do clube, que
constam na proposta formulada ao América e foram aprovadas pelo conselho
do alvirrubro; sequer são cogitadas como passível de aprovação do lado
abecedista. O vice-presidente jurídico do ABC, José Wilson,
apesar de encarar a possibilidade com bons olhos, alerta que os termos
terão de ser vantajosos para as partes, principalmente para o alvinegro.
“Fatalmente nós teremos alguns jogos que poderão ser levados para Arena
das Dunas, mas temos o nosso estádio e não iremos aceitar qualquer
tipo de condição. Sou favorável a mudança desde que haja vantagem”,
frisa José Wilson.Fonte: Tribuna do Norte
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