Júnior SantosRoberto
Fernandes: Esse tabu nunca foi o principal. Ele é apenas a consequência
de um bom trabalho que vem sendo realizado. Sei que vamos ter
dificuldades nesse clássico, já que o ABC se reforçou bem e vem
empolgado
A boa fase do América se confunde com o técnico Roberto
Fernandes, que, desde que chegou ao clube, em março de 2012, vem
acumulando sucessos no comando da equipe alvirrubra. Além do título
estadual da temporada passada, o time fez uma grande campanha na última
disputa da série B do brasileiro e nem a eliminação precoce da Copa do
Nordeste esse ano fez com que sua imagem ficasse arranhada perante os
torcedores. Tanto é que, depois da sua demissão, logo após a queda na
competição regional, a torcida rubra criticou a decisão do presidente
Alex Padang em demitir Fernandes. Some-se ao fato, o tabu que ele
impôs ao maior rival do América, o ABC. Nas seis partidas em que
enfrentou o alvinegro, o alvirrubro saiu vitorioso em seis e empatou
uma, se mantendo invicto diante do seu maior adversário. E é essa
invencibilidade que vai ser colocada a prova hoje, às 16h, no estádio
Nazarenão, pela quinta rodada do primeiro turno do estadual. Mesmo
com o grande retrospecto ao seu favor contra o ABC, Roberto Fernandes
fez questão de afirmar que a manutenção do tabu não é a sua principal
motivação. "Esse tabu nunca foi o principal. Ele é apenas a consequência
de um bom trabalho que vem sendo realizado. Sei que vamos ter
dificuldades nesse clássico, já que o ABC se reforçou bem e vem
empolgado depois da goleada diante do Coríntians. Nosso principal
objetivo é conseguir a vitória para nos mantermos na liderança. Isso sim
que é o nosso pensamento. O tabu fica para depois da partida", afirma
Fernandes. Sem poder contar com o atacante Cléo, que vai passar
cerca de 20 dias se recuperando de um edema ósseo, o comandante
americano ainda não sabe quem vai ocupar a sua vaga. Taiberson, Dimas e
Alemão lutam para formar dupla com Tiago Adam, confirmado no ataque. O
restante do time só deve ser definido momentos antes da partida, mesmo
com Roberto Fernandes afirmando que a equipe não deve mudar muito em
relação a que vinha atuando. "O que pode acontecer é 10% de improviso,
mudança no time. Mas, 90% da equipe deve ser a mesma que vinha jogando.
Agora, só não vou divulgar a escalação de forma antecipada para não
facilitar para o adversário", finalizou.
Júnior SantosPaulo Porto tem que, além de tentar quebrar o tabu, lidar com a insatisfação do elenco alvinegro
Novato tenta mudar a história recenteA estreia de Paulo Porto no comando do ABC não poderia ser mais complicada. O time vai enfrentar o América, no estádio Nazarenão e, para completar, os alvirrubros estão vindo de uma invencibilidade de seis jogo sobre seus maiores rivais sendo cinco vitórias e apenas um empate. Sabedor desse tabu, o técnico alvinegro espera usar esse fato negativo como motivação para os jogadores reverterem esse panorama desfavorável como algo positivo no duelo de logo mais. "Quanto maior o desafio, maior também é a recompensa. Essa sequência negativa diante do América pode e deve ser usada pelos jogadores como uma motivação para os nossos atletas. Precisamos da vitória para seguirmos vivo dentro da competição e vamos trabalhar para sair de campo vitoriosos", afirmou Porto.
Outra dificuldade encontrada por Paulo Porto é o pouco tempo que ele teve para armar o time: apenas dois treinamentos, já que, oficialmente, ele assumiu o comando da equipe na última quinta-feira e realizou o único coletivo na sexta-feira. Mesmo assim, o treinador abecedista está confiante em fazer um bom jogo. "O pouco tempo de treino pode complicar um pouco, mas, deu para passar alguma coisa da minha filosofia de jogo, alterar algumas coisas taticamente e espero que os jogadores tenham entendido nossa forma de jogar", revelou. O clássico de hoje é considerado fundamental para as pretensões alvinegras nesse primeiro turno do estadual. Uma vitória colocaria o ABC, na pior das hipóteses, em segundo lugar, passando, justamente o América. Uma derrota deixaria o time em uma situação muito delicada em relação a classificação para as finas do turno. Mesmo sendo um treinador experiente, Paulo Porto, aos 61 anos de idade, vai, pela primeira vez, ter a oportunidade de comandar uma equipe fora do Sul do Brasil. "Estava precisando mostrar meu trabalho longe do Rio Grande do Sul e não pensei duas vezes em aceitar o convite do ABC. Tenho um trabalho sólido no sul, foi eleito o melhor treinador do campeonato gaúcho nos últimos três anos e em 2012, conquistei o título do primeiro turno com o modesto Caxias, contra o Grêmio e Internacional. E é esse trabalho que quero desenvolver aqui em Natal", projeta o comandante abecedista. A escalação do ABC é um mistério, já que no último coletivo realizado antes do clássico, Paulo Porto colocou Jeff Silva no lugar de Alexandre, Bileu na vaga de Jean Carioca e manteve a dupla de ataque com Jheimy e Rodrigo Silva.
Fonte: Tribuna do Norte
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