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domingo, 27 de maio de 2012

Correndo para Londres

Desde os Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, que o Rio Grande do Norte é presença constante no maior encontro de modalidades do planeta. Nas últimas seis Olimpíadas, o estado foi representado em quatro oportunidades.  Primeiro com Magnólia Figueiredo, que disputou três Jogos. Além da disputa na Coreia do Sul, ela também esteve presente nos Jogos de 1996, em Atlanta/EUA e Atenas, na Grécia, em 2004, essa última aos 41 anos de idade. Em seguida foi a vez de Vicente Lenílson, que em 2000, esteve em Sydney, na Austrália, quando alcançou o maior feito de um atleta potiguar, conquistando a prata no revezamento 4x100, ao lado de grandes nomes do atletismo brasileiro, como Claudinei Quirino, André Silva e Edson Ribeiro.
Rodrigo SenaDiego Cavalcanti, atleta potiguar, atinge o índice nos 200 metros e fica perto das olimpíadas. 
Diego Cavalcanti, atleta potiguar, atinge o índice nos 200 metros
e fica perto das olimpíadas.
Para os Jogos Olímpicos desse ano, que serão disputados em Londres, entre os meses de julho e agosto, o Rio Grande do Norte já prepara seu novo representante. Trata-se do velocista Diego Cavalcanti. Com apenas 21 anos de idade, o jovem atleta conquistou o índice nos 200 metros rasos e praticamente carimbou sua passagem para a Inglaterra. A façanha foi alcançada na etapa de Belém/PA, a primeira do Circuito Caixa Econômica de Atletismo, no início do mês de maio. Com o tempo de 20s40, o potiguar está bem perto de realizar seu sonho de disputar uma Olimpíadas. O índice olímpico é 20s51. Para que seu desejo se torne realidade, ele torce para que nenhum outro corredor brasileiro seja mais rápido que ele. Pelo menos não até o dia 1º de julho, quando se encerram as provas classificatórias para Londres/2012.  "O Brasil pode levar até três atletas para a minha prova. Até o momento, duas já foram preenchidas: uma com um atleta paulista e outra comigo. Está restando uma e por isso não posso  pensar que já estou garantido em Londres se ainda existe a possibilidade de ficar de fora. O que tenho que fazer é continuar competindo e tentar baixar meu tempo ainda mais", afirma Cavalcanti. Para isso, o atleta potiguar ainda vai ter algumas provas para disputar até o fim de junho. A primeira acontece no próximo final de semana, em São Paulo. Na capital paulista Diego Cavalcanti vai participar do Festival de Velocidade. Além de ter a possibilidade de baixar ainda mais suas marcas no ano, a disputa vai servir de preparação para os Jogos Íbero-Americanos, que serão disputados na Venezuela, entre os dias 8 e 10 de junho.  Quem também vai participar dessa disputa é a ex-corredora Magnólia Figueiredo. Ela vai chefiando a delegação brasileira. "Vai ser uma oportunidade muito boa para o Diego ir se ambientado com os outros atletas brasileiros, já que a nossa delegação que vai para a Venezuela vai ser a base da seleção brasileira que irá para os Jogos Olímpicos em Londres", revela.  e atualmente o atleta potiguar está mais relaxado, até o ano passado a situação não era tão calma assim. As cobranças e os treinos puxados faziam com que Diego Cavalcanti ficasse sob pressão para alcançar o índice olímpico. Agora, com a vaga praticamente garantida, o pensamento é manter o foco nos treinos. "A pressão era muito grande em cima de mim. Não só do meu treinador, José Figueiredo, como também pelos meus amigos e minha família, que queriam me ver nas Olimpíadas. Graças a Deus consegui atingir a marca necessário e isso deu para aliviar um pouco as cobranças. Mas, só um pouco, porque agora que vai começar, realmente, o principal, que é a preparação para Londres", disse. Com o pensamento já voltado para os Jogos Olímpicos, Diego Cavalcanti já traça suas metas para quando for disputar suas provas em Londres. Reconhecendo a superioridade de seus adversários, principalmente os jamaicanos, que tem Usain Bolt como grande referência e também disputa a prova dos 200 metros, o desejo do potiguar é alcançar, pelo menos, uma das fases finais da competição. "Sei das minhas condições e a dos meus adversários. Existem uns cinco atletas que estão fazendo um tempo bem baixo, abaixo dos 20 segundos. A minha meta é conseguir fazer 20s20, para tentar uma vaga nas finais da minha prova. Depois, se conseguir avançar, vamos até onde pudermos ir", prevê Cavalcanti.
Felipe Gurgel - Repórter de Esportes/TN

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