Na noite desta terça-feira (14), o
ex-vereador Zé Peixeiro esteve participando do programa Panorama
Esportivo, da Rádio Difusora (1.170kHz). Na oportunidade, entrevistado
pelos cronistas Pádua Júnior, Fábio Oliveira e Ítalo Praxedes, fez
algumas revelações que servem de motivos para preocupação do torcedor.
Entre elas, de que teria descoberto que o clube não tem um presidente
legal há nove anos. O fato foi revelado para Zé Peixeiro
quando ele cobrou de alguns companheiros da atual diretoria, o registro
da ata da eleição que o conduziu à presidência do clube, em novembro do
ano passado. Foi quando o cartório informou que não seria possível pois
havia uma pendência quanto aos seus antecessores. Ou seja, primeiro
deveriam ser registradas as atas que davam legitimidade às diretorias
anteriores, para então chegar à sua gestão. A última delas havia sido
oficializada em 2006, no ano do título estadual, quando o presidente era
João Dehon. Desde então, o clube viveu uma
sequência de eleições que ao pé da letra não ganharam efeito legal, pois
os documentos que as legitimariam, no caso as atas, nunca foram
registradas em cartório. Partindo deste princípio, oficialmente, o cargo
de presidente do Baraúnas está vago desde aquele ano, ao fim do mandato
de João Dehon. O próprio Dehon teria seguido no cargo por alguns anos
seguintes de forma irregular. Depois dele, passaram Paul César, seu vice
que assumiu após licenciamento de Dehon, Eudes Fernandes, Izabel
Montenegro e, por último, o próprio Zé Peixeiro, todos em situação
irregular. Na prática, o Baraúnas poderia ter sido
eliminado das competições das quais participou, e até rebaixado no
Estadual, por irregularidade nas assinaturas dos contratos dos
jogadores, por exemplo, pois seus presidentes não eram legítimos para
responderem pelo clube. Mas ninguém nunca atentou para esse detalhe e o
Leão do Oeste acabou passando incólume, inclusive no estadual deste ano. Outros assuntos foram abordados na
entrevista, como a dívida atual do clube que, de acordo com Zé Peixeiro,
em números extra-oficiais, ultrapassa os R$ 400 mil. Zé Peixeiro se queixa também de estar
praticamente sozinho, cuidando dos interesses do Baraúnas, vez que
muitos dirigentes só apareceram no calor do campeonato estadual e depois
abandonaram o barco. Para o presidente de fato, até a participação do
Leão do Oeste no Campeonato Potiguar da próxima temporada, pela situação
enfrentada, está seriamente ameaçada.
Fábio Oliveira/F9.net.br
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