Márcio Costa vai disputar o Potiguar 2015 pelo Corintians-RN(Foto:Corintians-RN)
A
profissão de jogador de futebol é uma montanha russa para muitos
desportistas. Do início em categorias de base até o primeiro jogo por
uma equipe profissional, anos de suor e dedicação são colocados à prova.
Para alguns, o êxito da vitória e a recompensa com títulos. Para
outros, o ostracismo e o sofrimento com o álcool e as drogas. Aos 41
anos, o zagueiro Márcio Costa mostra que ainda "tem muita lenha para
queimar" e aceitou mais um desafio: defender o Corintians-RN, clube do
interior do Rio Grande do Norte e que conquistou seu único título
estadual em 2001. Esse será o 20º time na carreira do jogador,
que já vestiu a camisa do "xará" mais famoso, o Corinthians, e levantou
o troféu do Mundial de 2000, além de ser campeão carioca pela dupla
Flamengo e Fluminense. Márcio desembarcou há poucos dias na
cidade de Caicó - a 256 km de Natal -, ao lado de alguns companheiros do
Legião-DF - o lateral-direito Thiaguinho, o meia Vaninho e o atacante
William Magrão -, seu último clube em 2014. A experiência na vida e o
conhecimento em campo deram ao zagueiro um tratamento especial e a
admiração do elenco do Galo de Seridó, de quem recebeu o carinhoso
apelido de "avô". Às vezes, os caras me chamam de avô... Mas é
tudo com muito respeito. É sempre bom procurar ajudar aos novos
jogadores que estão começando na carreira, por conta das muitas
dificuldades que existem nesse caminho - disse Márcio Costa. Entre
as conquistas no currículo, Márcio faz questão de ressaltar a mais
importante: o Mundial de Clubes da Fifa, em 2000, quando foi titular no
Timão. Naquela decisão, disputada no Maracanã, o Corinthians venceu o
Vasco, nos pênaltis, por 4 a 3. Quinze anos depois, o jogador se mantém
em atividade e chega ao Galo do Seridó como grande reforço do elenco,
que ainda conta com atletas que estavam atuando no Rio de Janeiro, São
Paulo, Espírito Santo, Paraíba e Ceará, além do Distrito Federal. Carioca, o defensor tem grandes passagens pela dupla Fla-Flu, onde
conquistou títulos estaduais entre os anos de 1995 e 1997 e, mesmo
jogando por outros clubes e em vários estados brasileiros, nunca havia
jogado no Rio Grande do Norte. A nova realidade do jogador é encarada
com naturalidade, e apesar da dificuldade do clima e do ambiente fora
de casa, Márcio garante estar adaptado à nova rotina, que revela ter
optado pelo RN por conta da semelhança com sua cidade
natal, o Rio de Janeiro. Eu sou do Rio de Janeiro e já estou
acostumado com a alta temperatura. Está tudo tranquilo, o pessoal é
muito simpático e o trabalho está desenrolando com muita fluidez. Tinha
uma grande vontade de conhecer o Rio Grande do Norte, por conta de
Natal, que é uma cidade muito bonita, e essa proposta do Corintians-RN
caiu como uma luva. Vim para cá com o pensamento de mostrar um bom
trabalho até o final do estadual. Depois, quem sabe, eu possa ficar por
aqui - analisa o jogador.
Longevidade no futebol
Por Jocaff SouzaNatal
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