Paulo André, do Bom Senso, pede democracia na CBF (Foto: Reprodução / Instagram)
Alguns
jogadores que fazem parte do movimento Bom Senso FC, como o lateral Ruy
Cabeção, do Operário-MT; o meia Alex, do Coritiba; e o atacante
D´Alessandro, do Internacional, usaram as redes sociais nesta
quarta-feira (23) para pedirem democracia na administração da CBF. A
manifestação mais incisiva foi feita pelo zagueiro Paulo André, um dos
líderes do grupo que defende melhorias na gestão e organização do
futebol no país. Ele solicitou a todos os insatisfeitos com a maneira
através da qual "os Teixeiras e os Marins" vêm conduzindo a entidade
máxima do futebol brasileiro que mostrem a sua indignação esta semana,
quando a presidente Dilma vai receber os clubes em Brasília para
discutir o parcelamento da dívida fiscal. Quem estiver insatisfeito com a CBF (dos Teixeiras e dos Marins), mostre sua indignação e peça democracia, já!
Esta semana é decisiva, pois a Presidente Dilma receberá os clubes de
futebol, em Brasília. O assunto é o parcelamento da dívida fiscal que
chega a R$ 4 bilhões. O meia Alex também deixou registrado na página principal da sua rede
social uma mensagem convocando todos a participarem da iniciativa: "Para
quem acredita que nosso futebol pode melhorar. #democracianaCBFjá". Na
opinião de Paulo André, a presidente Dilma e o Congresso Nacional têm
que fazer uma escolha importante: desenvolver e modernizar o esporte e o
futebol brasileiro ou
deixar tudo como está. Segundo ele, se os governantes decidirem
modernizar, eles terão que pressionar os dirigentes e condicionar o
parcelamento da dívida fiscal
dos clubes com o fortalecimento da Lei de Responsabilidade Fiscal do
Esporte (LRFE) e a democratização da
CBF. Todos nós queremos uma entidade (CBF) mais
democrática, onde os
jogadores, as jogadoras, os atletas do beach soccer, os treinadores, os
executivos do futebol, os preparadores físicos, os árbitros e os
torcedores tenham voz e possam participar das principais discussões do
nosso futebol. O futebol brasileiro não pode ter um dono, ele é
patrimônio do povo - escreveu o zagueiro do Shangaï Shenhua numa rede
social. Antes da Copa, um grupo de jogadores do ligados ao Bom Senso FC foi
recebido, no fim de maio, pela presidente, em Brasília. O encontro foi
um pedido da própria Dilma, que queria conhecer de perto as propostas do
grupo para o futebol brasileiro.A principal reivindicação do Bom Senso FC é por mudanças no
calendário do futebol brasileiro. O movimento foi iniciado em setembro
do ano passado, quando os jogadores se organizaram para protestar contra
o calendário proposto pela CBF para 2014, que teria pouco tempo para a
pré-temporada dos clubes por conta da pausa para a Copa do Mundo. Com
o passar do tempo, o movimento cresceu e passou intervir também em
outras questões, como atraso de salários e violência nos estádios. Em
março deste ano, o grupo de jogadores apresentou sua principal proposta:
um calendário com menos jogos
para os clubes grandes, mais para os pequenos, e atividades durante todo
o ano para 496 equipes. A ideia é criar uma quinta divisão no
Campeonato
Brasileiro, com 452 times, e transformar os campeonatos estaduais em
copas, no formato da
Copa do Mundo.
Confira o texto completo do zagueiro Paulo André
"Quem estiver insatisfeito com a CBF (dos Teixeiras e dos Marins), mostre sua indignação e peça democracia, já! Esta
semana é decisiva já que a Presidente Dilma receberá os clubes de
futebol, em Brasília. O assunto é o parcelamento da dívida fiscal que
chega a R$4 bilhões. Independente da escolha do treinador e do
coordenador da CBF, cargos que são limitados apenas às decisões da
Seleção, a Presidente e o Congresso Nacional têm uma importante decisão a
tomar. Desenvolver e modernizar o esporte e o futebol brasileiro ou
deixar tudo como está. Se optarem por modernizar, precisam
pressionar os dirigentes e condicionar o parcelamento da dívida fiscal
dos clubes com (1) o fortalecimento da LRFE e (2) a democratização da
CBF. Todos nós queremos uma entidade mais democrática, onde os
jogadores, as jogadoras, os atletas do beach soccer, os treinadores, os
executivos do futebol, os preparadores físicos, os árbitros e os
torcedores tenham voz e possam participar das principais discussões do
nosso futebol. O futebol brasileiro não pode ter um dono, ele é patrimônio do povo. #DemocracianaCBFjá"
Por GloboEsporte.comRio de Janeiro
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