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Di María marcou o gol que garantiu a classificação
da Argentina no final da prorrogação
Até os suíços, não dados a arroubos de emoção, desabaram em campo às lágrimas após o apito final. A Argentina passou 117 minutos tentando encontrar um jeito de entrar na
área da Suíça. No primeiro tempo, Messi, sempre bem marcado, não
conseguiu. Faltava muita imaginação ao meio-campo da equipe de Alejandro
Sabella. Lavezzi começou na direita, depois mudou para a esquerda. Fez de tudo
para puxar a marcação, mas o máximo que conseguiu foi fazer o árbitro
dar cartão amarelo para o meia Xhaka. Fernando Gago encontrou sérios problemas para municiar os atacantes e
desapareceu da partida a partir dos 20 min. Estava mais preocupado em
reclamar com o árbitro. A Suíça tinha um plano claro de jogo. Lançamentos pelas costas da zaga
para explorar a velocidade de Shaqiri. Poderia ter dado muito certo
antes do intervalo. A seleção de Ottmar Hitzfeld, fiel ao seu plano de
jogo, criou as duas melhores oportunidades. Xhaka finalizou sozinho na área aos 26 min e Romero salvou com os pés.
Aos 38, Drmic saiu sozinho, de frente para o gol. Tentou encobrir o
goleiro argentino, que defendeu facilmente. Os sul-americanos dominaram totalmente o segundo tempo por um motivo
principal: Messi começou a achar espaço para jogar. Até nisso é parecido
com a seleção brasileira. Do mesmo modo que a equipe de Felipão só cria
alguma coisa quando o camisa 10 pega na bola, vale o mesmo para os
argentinos. Messi criou espaços, finalizou e poderia ter decidido o jogo no tempo
normal. Mas nem isso apaga o fato de que o meio-campo da Argentina é
carente de criatividade. Fernando Gago mostrou contra a Suíça exatamente
que nos jogos anteriores do Mundial: nada. Três vezes o goleiro Benaglio apareceu com defesas importantes para impedir que sua seleção ficasse em desvantagem. Na prorrogação, a Argentina parecia cansada. A Suíça, sem força
ofensiva. Apenas alguns lançamentos em profundidade sem grande enfeito.
Só Di María tinha fôlego. Possesso, corria de um lado para o outro, sem
parar. Como que esperando pela recompensa.Esta veio na jogada individual de Messi a três minutos do fim e o chute colocado, rasteiro e preciso do meia-atacante. A massa argentina no Itaquerão explodiu. Era o fim? Não. Dzemaili cabeceou uma bola na trave quando o goleiro suíço estava no ataque tentando cabecear. Os suíços ainda tiveram uma falta na meia-lua para cobrar. Messi e Di María comemoraram com um abraço quando a partida terminou. Com sofrimento, muito sofrimento, a Argentina está nas quartas.
ARGENTINA: Romero; Zabaleta, Garay, Fernández e Rojo (Basanta); Mascherano, Gago (Biglia) e Di María; Lavezzi (Palacio), Messi e Higuaín. T.: Alejandro Sabella
SUÍÇA: Benaglio; Lichtsteiner, Djourou, Schäre e Rodríguez; Behrami, Inler, Xhaka (Fernandes), Mehmedi (Dzemaili) e Shaqiri; Drmic (Seferovic). T.: Ottmar Hitzfeld
Estádio: Itaquerão, em São Paulo
Árbitro: Jonas Eriksson (SUE)
Gol: Di María, aos 11 min do 2º tempo da prorrogação
Cartões amarelos: Rojo, Dí María, Garay (A), Xhaka e Fernandes (S)
Folhapress
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