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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Grècia e Japão se enfrentam em Natal

O que alguns dias significam para civilizações acostumadas a contar o tempo em milênios? Para Grécia e Japão, duas das mais antigas civilizações do planeta, 90 minutos nesta quinta-feira podem valer a sobrevida na Copa do Mundo. As duas seleções se enfrentam na Arena das Dunas, em Natal, às 19h pela segunda rodada do Grupo C, e uma derrota é a chave para o fim do sonho de chegar às oitavas de final. Após serem batidas na estreia – por Colômbia (3 a 0) e Costa do Marfim (2 a 1), respectivamente, as duas equipes precisam da vitória para evitar o risco de uma eliminação prematura. Mesmo um eventual empate deixa ambas em péssima situação na chave. A Grécia estreou na Copa de forma catastrófica. Envolvida pela rápida Colômbia, acabou sendo facilmente derrotada. Agora, luta para seguir sonhando com a inédita classificação para a segunda fase do Mundial – nas duas vezes que disputou, em 1994 e 2010, não avançou. Entretanto, se depender da frieza do retrospecto, os gregos têm motivos de sobra para se preocupar. Em sete partidas na competição, a Grécia venceu apenas uma vez, marcou dois gols e sofreu 15.
 Fernando Santos coletiva Grécia (Foto: AP) 
Fernando Santos minimiza risco de eliminação e precoce
e briga envolvendo dois jogadores da seleção (Foto: AP)
Preocupado em tentar resolver a preocupante questão da falta de gols, o técnico Fernando Santos se viu às voltas com um início de crise na sua equipe: o desentendimento entre Tzavellas e Maniatis. Tanto o treinador quanto os três jogadores que foram à coletiva antes do jogo trataram de minimizar o ocorrido, mas admitiram que a motivação foi a rivalidade clubística entre os dois jogadores, que atuam no Panathinaikos e no Olimpiakos, respectivamente.  Tive pessoalmente uma conversa com cada um deles antes das eliminatórias, e para mim havia ficado claro que tudo estava superado. Após o incidente voltei a falar com os dois, que se comprometeram a encerrar o assunto. Confio neles, e o assunto está encerrado – disse o treinador. O português, que evitou falar sobre a escalação da equipe, disse que espera que tanto a sua equipe quanto o Japão joguem com consciência ofensiva, mas não desesperados para fazer gols. Um discurso que não bate com a real situação do grupo. Em um jogo como esse, de acordo com a situação do grupo, um empate pode vir a ser um resultado positivo. Acho que ninguém irá para o jogo desesperada pela vitória. Temos que buscar vencer, e estou convencido de que ambas as equipes irão jogar preocupadas em vencer, mas sem desespero. Mas queremos fazer história, e para isso temos que ganhar. Respeitamos o nosso adversário, que é uma equipe forte e terá o mesmo pensamento que nós. O que vai determinar a vitória é o que acontecerá em campo, não quem jogará ou não. Isso é uma questão menor.
Coletiva Japão - Alberto Zaccheroni e Makoto Hasebe (Foto: Augusto Gomes/GloboEsporte.com) 
Zaccheroni mostra preocupação com o psicológico,
e Hasebe diz estar 100% (Foto: Augusto Gomes/GloboEsporte.com)
A derrota numa virada relâmpago para a Costa do Marfim ligou o sinal de alerta na seleção do Japão. Um novo revés significará a terceira eliminação na primeira fase em cinco participações em Copas do Mundo. Pensando nisso, o técnico Alberto Zaccheroni afirmou que a grande preocupação era com o lado psicológico dos jogadores. Durante a entrevista coletiva na véspera da partida, o estado emocional do elenco ganhou um destaque maior até do que a formação e possíveis mudanças na equipe. Cabe ao técnico mandar um equipe bem preparada em todos os aspectos: tático, físico e psicológico. Vou tentar abordar todos esses pontos. Considerando o nosso trabalho até hoje, só tenho que pedir que eles coloquem dentro de campo o melhor exemplo de tudo que eles mesmos mostraram no ano passado. Tudo depende do jogo de hoje. É um torneio curto, e perder uma partida é complicado. Sou sempre otimista e tento passar o mesmo para o time. Cada duelo tem uma história, e é isso que quero que os jogadores entendam – disse o técnico. Uma das preocupações era a condição de jogo do capitão Hasebe. O meia sofreu uma lesão séria no joelho direito em janeiro, foi poupado nos amistosos preparatórios e acabou sendo substituído na estreia japonesa. O próprio jogador fez questão de atestar que está 100% para a partida. Não há qualquer problema com meu joelho. Estou preparado – resumiu.
Por Natal, RN

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