Ronny Markes funda projeto 'Lutando para Vencer' na Vila de Ponta Negra(Foto: Jocaff Souza) |
Ronny Markes dá aulas de jiu-jitsu a crianças com idade
entre seis a 14 anos(Foto: Jocaff Souza)
Passamos noções de disciplina, educação e cidadania para essas
crianças. Para participar do projeto, todos precisam estar matriculados
em escolas e com boas notas. Além disso, caso algum aluno esteja
passando por uma dificuldade, iremos à casa dos pais para saber o que
está acontecendo. Queremos ajudar essas crianças, que moram numa região
muito complicada, mas que podem vencer na vida - explica Markes. Para custear as aulas, Ronny recebeu a ajuda de parceiros e
patrocinadores, que doaram os tatames e quimonos para as crianças. Para o
lutador, a ideia é que o projeto cresça ainda mais. O lugar já está ficando pequeno para tanta gente. Treinamos no centro
comunitário da Vila de Ponta Negra, que é um prédio da Arquidiocese de
Natal. Mas para o futuro, precisaremos de um espaço maior, para ensinar
mais crianças - planeja.
Dinarte Júnior, professor de jiu-jitsu, também é um
dos coordenadores do projeto(Foto: Jocaff Souza)
Para auxiliar nas aulas, Ronny conta com a parceria do lutador e amigo
Dinarte Júnior. Professor de jiu-jitsu e cursando Educação Física,
Dinarte vê com bons olhos a chance de mudar o destino de algumas
crianças.dos coordenadores do projeto(Foto: Jocaff Souza)
Eu vou ser pai em breve e vejo nos olhos dessas crianças a busca por algo melhor na vida. Já trabalhei com crianças, mas é o meu primeiro trabalho com crianças carentes. Para mim, é um trabalho diferente, porque elas são carentes financeiramente e de zelo, e aqui passamos um pouco disso, mesmo com a exigência da disciplina - conta Dinarte.
Esporte x criminalidade
Ronny Markes sentiu na pele a violência por conta das drogas. Viu de perto amigos e familiares morrendo devido ao consumo do crack e da maconha. Segundo o lutador, mais da metade dos amigos de infância não resistiram ao que ele chama de "caminho sem volta". As drogas são um caminho sem volta. Muitos amigos meus de infância se misturaram com as drogas e acabaram em caminhos da criminalidade. Em casa, tinha familiares que viviam 'chapados' e eu consegui transpor essas barreiras e vencer na vida - fala emocionado o atleta. Exemplo disso é o artesão Amauri Pereira da Silva. Pai do pequeno Eros José Leitão, de apenas 6 anos, ele ficou muito feliz quando soube do projeto e foi um dos primeiros a inscrever o filho. Ele conta que no esporte o filho poderá construir uma história positiva. É muito gratificante. As crianças são ativas e precisam de uma atividade como essa. Ajuda a gastar a energia de uma forma muito boa, sem estar nas ruas aprendendo o que não presta. O esporte é feito para isso, para mudar a vida das pessoas - concluiu.
Por Jocaff Souza Natal
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