Em pouco mais de dez meses, quando a bola começar a rolar na
disputa entre seleções de diversos nacionalidades pelo título mundial de
futebol, os olhos, aqui em Natal, estarão voltados para o gramado do
estádio Arena das Dunas. O que poucos enxergarão é a estrutura para
garantir um tapete verde, no padrão internacional. Um sistema de
captação de águas pluviais e reaproveitamento por meio de drenagem é
apenas uma das medidas sustentáveis adotadas na construção do estádio -
principal obra de engenharia em execução na cidade, num investimento de
R$ 413 milhões. Palco de quatro jogos da Copa do Mundo de 2014 -
que depois sediará as disputas do campeonato estadual, a obra
conseguiu reduzir o consumo de recursos naturais, a partir do
reaproveitamento de água e gestão de resíduos da construção civil, e
garantir eficiência na execução da obra e funcionamento da nova praça de
jogos.
Fonte: Tribuna do Norte
Alex Régis
Uma
das tecnologias implantadas na Arena das Dunas é para a utilização
da
água das chuvas, que será armazenada e reutilizada
nos vasos sanitários e
para regar o gramado
Um sistema de calhas para recolher a água
de chuvas que escoa da cobertura metálica é interligado a oito
reservatórios de armazenagem e filtração que se conectam ao sistema
hidráulico. A água será reutilizada nos vasos sanitários e para regar o
gramado, que conta com sistema de drenagem exclusivo onde a água que se
infiltra, seja da chuva ou pela aguagem, é direcionado aos tanques,
passa por tratamento e retorna para o campo. “Isso permitirá uma
economia de cerca de 40% da água que será consumida no estádio, a
partir do funcionamento”, estima o secretário da Copa, Demétrio Torres.
As dimensões oficiais do campo exigida pela Fifa são de 105 metros de
comprimento por 68 metros de largura. O nível de comprometimento
com o baixo impacto da obra no dia a dia da cidade e para evitar
desperdício, se percebe em detalhes. À saída dos veículos do canteiro,
um sistema de limpeza de pneus impede que detritos e sedimentos sejam
carreados para fora do canteiro de obras. A água usada no jato de
limpeza é reaproveitada por meio de fendas na plataforma, que é
tratada e retorna para a lavagem. A pavimentação de toda área
externa é feita com blocos intercalados impedindo a impermeabilização
do solo. “É uma preocupação encontrar formas de manter o bom convívio
com a natureza e o bom funcionamento, sem desperdício e reduzindo
custos”, completa o secretário. O projeto inicial não prevê o uso
de energias renováveis, como solar ou eólica. Com índice de insolação
de 10 milímetros, a cobertura também permite economia de energia devido à
ventilação natural e por diminuir a sensação de calor dentro do
estádio, já que retém luz e reflete os raios ultravioletas. A
fachada e cobertura da Arena das Dunas são revestidas em aço, cujas
placas são formatadas dentro do próprio canteiro de obra, através de um
maquinário apropriado. Cerca de 20% da cobertura será composto por
policarbonato, visando proporcionar sombreamento e reduzir a insolação
do gramado. O material utilizado oferece leveza ao acabamento e nos
testes se mostrou sempre muito resistente a ação do tempo. A iluminação
dentro das arenas melhora usufruindo, ao máximo, a iluminação natural do
sol. “É um projeto planejado para garantir o desenvolvimento
nas áreas ambiental, econômica e também social desde o princípio e ter
alto desempenho”, ressalta o diretor presidente do consórcio OAS
responsável pela obra, Charles Maia. A OAS detém a concessão, para
construção exploração do estádio, por 20 anos.Fonte: Tribuna do Norte
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