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domingo, 25 de agosto de 2013

Arena une desenvolvimento econômico e ambiental

Em pouco mais de dez meses, quando a bola começar a rolar na disputa entre seleções de diversos nacionalidades pelo título mundial de futebol, os olhos, aqui em Natal, estarão voltados para o gramado do estádio Arena das Dunas. O que poucos enxergarão é a estrutura para garantir um tapete verde, no padrão internacional. Um sistema de captação de águas pluviais e  reaproveitamento por meio de drenagem é apenas uma das medidas sustentáveis adotadas na construção do estádio - principal obra de engenharia em execução na cidade, num investimento de R$ 413 milhões. Palco de quatro jogos da Copa do Mundo de 2014 - que depois sediará as disputas do campeonato estadual, a obra conseguiu reduzir o consumo de recursos naturais, a partir do reaproveitamento de água e gestão de resíduos da construção civil, e garantir eficiência na execução da obra e funcionamento da nova praça de jogos.
Alex RégisUma das tecnologias implantadas na Arena das Dunas é para a utilização da água das chuvas, que será armazenada e reutilizada nos vasos sanitários e para regar o gramado 
Uma das tecnologias implantadas na Arena das Dunas é para a utilização
da água das chuvas, que será armazenada e reutilizada
nos vasos sanitários e para regar o gramado
Um sistema de calhas para recolher a água de chuvas que escoa da cobertura metálica é interligado a oito reservatórios de armazenagem e filtração que se conectam ao sistema hidráulico. A água será reutilizada nos vasos sanitários e para regar o gramado, que conta com sistema de drenagem exclusivo onde a água que se infiltra, seja da chuva ou pela aguagem, é direcionado aos tanques, passa por tratamento e retorna para o campo. “Isso permitirá uma economia de cerca de 40% da água que será consumida no estádio, a partir do funcionamento”, estima  o secretário da Copa, Demétrio Torres. As dimensões oficiais do campo exigida pela Fifa são de 105 metros de comprimento por 68 metros de largura. O nível de comprometimento com o baixo impacto da obra no dia a dia da cidade e para evitar desperdício, se percebe em detalhes. À saída dos veículos do canteiro, um  sistema de limpeza de pneus impede que detritos e sedimentos sejam carreados para fora do canteiro de obras. A água usada no jato de limpeza é reaproveitada por meio de  fendas na plataforma, que  é tratada e retorna para a lavagem. A pavimentação de toda área externa é feita com blocos intercalados impedindo a  impermeabilização do solo. “É uma preocupação encontrar formas de manter o bom convívio com a natureza e o bom funcionamento, sem desperdício e reduzindo custos”, completa o secretário. O projeto inicial não prevê o uso de energias renováveis, como solar ou eólica. Com índice de insolação de 10 milímetros, a cobertura também permite economia de energia devido à ventilação natural e por diminuir a sensação de calor dentro do estádio, já que retém luz e reflete os raios ultravioletas. A fachada e cobertura da Arena das Dunas são revestidas em aço, cujas placas são formatadas dentro do próprio canteiro de obra, através de um maquinário apropriado.  Cerca de 20% da cobertura será composto por policarbonato, visando proporcionar sombreamento e reduzir a insolação do gramado. O material utilizado oferece leveza ao acabamento e nos testes se mostrou sempre muito resistente a ação do tempo. A iluminação dentro das arenas melhora usufruindo, ao máximo, a iluminação natural do sol. “É um projeto planejado para garantir o desenvolvimento nas áreas ambiental, econômica e também social desde o princípio e ter alto desempenho”, ressalta o  diretor presidente do consórcio OAS responsável pela obra, Charles Maia. A OAS detém a concessão, para construção exploração do estádio, por 20 anos.
Fonte: Tribuna do Norte

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