Ferdinando Teixeira, 67 anos, assumiu nesta quinta-feira a missão de dirigir o departamento de futebol do ABC. Como treinador do clube, conquistou cinco títulos estaduais e dois acessos à Série B do Campeonato Brasileiro. Agora, cinco anos depois, retorna em nova função e terá a missão de auxiliar a comissão técnica e a diretoria na montagem do elenco para a Segundona.
Ferdinando Teixeira é cumprimentado pelo presidente
do ABC, Rubens Guilherme (Foto: Augusto Gomes)
Afastado da carreira de técnico desde 2011, Ferdinando Teixeira vinha
atuando como comentarista em uma rádio de Natal, mas lembrou que sentia
falta da convivência mais direta com o mundo do futebol. Sou muito irrequieto. Eu gosto de estar no 'olho do furacão'. Eu já
estava agoniado porque não estava dentro do futebol. É desgastante, é
estressante, mas como faz falta... - destacou o novo superintendente de
futebol do Mais Querido. Como todo bom boleiro, o "professor", como é carinhosamente chamado,
garante dedicação integral ao clube, mesmo que isto acarrete em falta de
tempo para a família. Vamos trabalhar feito maluco, sem hora de chegar em casa, porque eu
sei que é assim no futebol. Por isso demorei a aceitar o convite da
diretoria, pois a pessoa tem que se doar para render bem. E isto inclui
me afastar um pouco da família, não ter tempo para os filhos, motivos
que me levaram a encerrar a carreira de treinador. Mas minha mulher
mesma falou: 'Vá! Eu sei que você só é feliz lá no fuzuê' - comentou. Ferdinando lembrou que exerceu função idêntica no arquirrival
América-RN, na década de 1990. Quase 20 anos depois, lembra que o
futebol mudou, mas a missão do cargo não. Nosso trabalho é para dar sustentação a Paulo (Porto) e à diretoria,
que é formada por empresários. São pessoas que precisam cuidar dos seus
negócios, e o clube necessitava de um profissional para o departamento
de futebol. Estou aqui para somar e vamos buscar o melhor para o ABC -
conta.Empresários do futebol
Ferdinando diz que não vai admitir 'negociata' com
empresários (Foto: Augusto Gomes)
Como treinador e conhecedor dos bastidores do futebol, Ferdinando
sempre afirmou que não mantinha bom relacionamento com empresários.
Agora na condição de superintendente, terá que tratar diretamente com
estes profissionais. Eu tenho ojeriza a bandidagem, a molecagem. Temos que zelar pelo
clube. Sem o clube não tem futebol, não se vai a lugar nenhum - lembrou. Depois, admitiu que o trabalho deve ocorrer de forma profissional, sem nenhuma desavença. A gente sabe que tem empresários e 'empresários'. O que não pode
ocorrer é a negociata, o jogo sujo. Ninguém da atual diretoria do ABC
participa deste tipo de negociação. Vamos preservar o clube. Esta é a
nossa prioridade - finalizou.empresários (Foto: Augusto Gomes)
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