Dida é um mineiro que honra a fama de seus conterrâneos de chegar de
mansinho. No América desde agosto do ano passado, o goleiro de 24 anos
começou a atuar de forma tímida, ganhou espaço na equipe e tem mostrado
que faz diferença quando entra em campo. Mas sua relação com o futebol
não é de agora, vem desde a infância. Dida é o 11º filho da família e
poderia ter seu próprio time de futebol. Mas ele conta que foi o único a
entrar de cabeça nesse mundo. "Só eu que jogo futebol, sou a ovelha
desgarrada da família", brinca.
 Dida é um dos destaques do time na Série B. Foto: Marcelo Montenegro/Divulgação |
Valdemar
Pereira Junior, nasceu em Belo Horizonte e começou a se interessar pelo
esporte como a maioria das crianças. Jogava descalço, na frente de casa
ou nos campinhos de terra em Pombal, cidade do interior de Minas, onde
passou quase toda a infância. "Acho que a gente já nasce com essa
vontade de jogar futebol", disse. E essa vontade o levou à base do
Cruzeiro-MG. Fez o teste, foi selecionado, mas não obteve o resultado
que desejava. "Acostumado a jogar bola na rua, não tem aquele trabalho
específico, que capacita pra chegar num clube grande. Chegando no
cruzeiro foi tudo diferente e isso influenciou para não ter ficado no
clube, na época. Mas serviu também como um aprendizado", revela. Depois
disso, Dida passou pela base do Atlético-MG, onde começou a pegar a
malícia do futebol, seguindo para o Camboriú-SC, clube que o
profissionalizou em 2006. Depois, disputou a segunda divisão do
Campeonato Paulista de 2009 pelo Atibaia, chegando ao Rio Grande do
Norte em 2011, através do Alecrim. "Quando eu vim pra Natal, a minha
intenção era essa: jogar no Alecrim e aparecer para o América, clube que
tanto ouvi falar lá no Sul e Sudeste. Foi quando surgiu a oportunidade
de estar jogando a Série B e ser visto tanto nacionalmente quanto
internacionalmente. A experiência no América, segundo conta,
tem sido muito boa. Foi bem recebido pelos colegas, pela comissão
técnica e pela torcida. "Eu tive um certo receio antes dessa estreia no
Brasileiro porque as minhas atuações no estadual não foram convincentes.
Mas a minha estreia contra o Goiás mostrou-se diferente e depois dessa
partida comecei a desenvolver. Tô buscando ao máximo responder o carinho
e o apoio que tenho recebido com o meu trabalho dentro de campo",
afirma. Para o futuro, o jogador diz que os planos estão focados
no clube. "A minha intenção agora é ficar aqui e ajudar o América a
subir para a Série A. Esse é o meu maior objetivo esse ano, acho que o
time tem tudo pra conseguir esse acesso", encerrou.
"Acostumado
a jogar bola na rua, não tem aquele trabalho específico, que capacita
pra chegar num clube grande. Chegando no cruzeiro foi tudo diferente e
isso influenciou para não ter ficado no clube, na época. Mas serviu
também como um aprendizado".
Fonte: Diário de Natal
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