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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Presidente eleito do Baraúnas é impedido de tomar posse e expõe conflitos de ideias

Crédito da foto: Divulgação
Antes mesmo de viabilizar sua volta aos gramados, o Baraúnas se vê no “olho do furacão” em sua parte administrativa. O clube realizou eleição no mês passado, apontando José Jerônimo(Foto) e Bárbara Freitas como presidente e vice, respectivamente, mas o evento pode ser cancelado por questões burocráticas. O conflito de ideias entre o novo presidente e alguns integrantes do grupo de associados também agrava a situação. “Novas práticas com velhas práticas é igual a água e óleo. Graças a Deus, como tenho consciência tranquila em tudo que faço, não me considero óleo, me considero novas praticas”, disse José Jerônimo, em mensagem de áudio postado no grupo de WhatsApp baraunense e repercutido nas redes sociais, em clara demonstração de estar havendo desentendimento na staff do clube. Na mensagem, com duração de 6 minutos e 18 segundos, Jerônimo afirma que está deixando o tricolor: “Faz um ano que estou tentando ajudar o Baraúnas, mas estou saindo agora. Não tenho interesse de brigar por isso aqui, se o pessoal quer, é triste, lamentável, a instituição ficar acéfalo, sem eu assinar a ata.” Ele se refere à assinatura do documento que permite legalidade para o exercício da função, o qual ainda não foi assinado. Jerônimo e Barbara, desde as eleições, vêm atuando a serviço do clube, mas sem tomar posse nos respectivos cargos. O fato de ter sido tesoureiro do presidente antecessor Damásio Medeiros seria o empecilho para Jerônimo exercer a função de direito. “Não renunciei; foi um golpe, igual em Júlio Prestes em 1929. Ele ganhou as eleições, mas quem assumiu foi Vargas”, disse em alusão ao golpe político. Ainda no áudio, outra evidência de desentendimento foi a afirmação de Jerônimo em dizer que suas posições observam o colegiado, mas são firmes, sem se deixar levar por outras ideias já taxadas por ele de “velhas políticas”. “O pessoal achava que a gente era ‘laranja’, ser manobrado, mas ficou claro que a gente tinha nossas posições, tínhamos o grupo todo com a gente, não cedemos e nem cederemos à chantagem. Sou Baraúnas, espero um dia voltar, mas se tem alguém enganando, é alguém que não quer deixar o time jogar (voltar aos gramados rapidamente)”, disse Jerônimo, que defende o retorno da equipe rapidamente aos gramados e entende que isso é possível dentro de um projeto viável. Segundo ele, o débito trabalhista do Baraúnas estimado em R$ 250 mil não impede o tricolor de reativar o seu futebol profissional e também da base, e citou o ABC como exemplo. “As situações são negociáveis. O nosso vizinho aqui no estado, o ABC, tem R$ 33 milhões de dívida, mas negociou e joga (os campeonatos).” A reportagem do DE FATO conversou com José Jerônimo nesta segunda-feira (17/02). Ele preferiu não se estender no assunto; disse apenas que haverá uma reunião nesta terça-feira (18/02) entre os integrantes do grupo de associados do clube para esclarecer a situação, se ele poderá ou não tomar posse à presidência ou se o clube fará novas eleições com outro(s) candidato(s). “Recebi com surpresa (informação de ser impedido de assumir a presidência), mas acredito que isso será esclarecido na reunião desta terça-feira. Não sei se isso é boato, se houve erro de comunicação por parte da comissão eleitoral; o que sei é que haverá essa reunião para esclarecer os fatos”, disse.
Fonte: Jornal De Fato

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